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Cunha vai depor em inquérito que investiga Temer no STF

Cunha quer acesso a informações das delações da JBS antes do depoimento, que está marcado para esta quarta-feira, ás 11h, na PF de Curitiba

Temer e Cunha: Cunha pediu 48 horas de antecedência para ver os documentos antes de depor (Ueslei Marcelin/REUTERS/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2017 às 19h34.

Última atualização em 13 de junho de 2017 às 19h57.

Brasília - O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai prestar depoimento nesta quarta-feira, 14, no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Michel Temer após a delação dos empresários do Grupo J&F.

A oitiva está marcada para as 11h, na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

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Em manifestação enviada ao STF, porém, a defesa do peemedebista pede para que o depoimento seja adiado, pois os elementos do inquérito "não são de pleno conhecimento" de Cunha.

Um eventual adiamento do depoimento depende do aval do relator do caso no Supremo, ministro Edson Fachin.

Gravação

Cunha, que está preso desde outubro em Curitiba, não é formalmente investigado no caso, mas foi citado na conversa entre o empresário Joesley Batista e Temer, que aconteceu no Palácio do Jaburu.

Na ocasião, o dono do frigorífico afirma havia "zerado as pendências" com Cunha. Joesley diz: "Eu tô de bem com o Eduardo".

O presidente, então, responde: "É, tem que manter isso, viu?".

A conversa foi gravada por Joesley e é contestada pela defesa de Temer. A perícia sobre a veracidade ainda não foi concluída pela PF.

Sobre Cunha, o empresário afirmou em sua delação premiada ter pago R$ 5 milhões após a prisão dele, em um "saldo de propina" remanescente que possuía.

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