Cunha perde R$ 165,4 mil por mês com cassação
Com a perda do mandato, ex-presidente da Câmara deixa de ter direito a gabinete, apartamento funcional e muitas outras regalias
Marcelo Ribeiro
Publicado em 14 de setembro de 2016 às 13h29.
Última atualização em 19 de outubro de 2016 às 16h04.
Brasília – Muito além do foro privilegiado: com a cassação, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perde vários direitos e benefícios, que custavam nada menos do que R$ 165,4 mil aos cofres públicos. Para não dizer que saiu de mãos abanando, o ex-presidente da Casa manterá os direitos a assistência médica da Câmara. Com um detalhe: ele tem que pagar por isso.
Após ser cassado, Cunha tem até 30 dias para deixar o apartamento funcional. Interlocutores do ex-deputado afirmam que ele deve se mudar para sua casa no Rio de Janeiro .
O ex-presidente da Casa também deixará de receber o salário integral de R$ 33,7 mil, o chamado cotão, que é um subsídio integral de R$ 35.388,11 para gastar com alimentação, aluguel de veículos e escritório, além de divulgação do mandato, entre outras despesas.
Com a cassação, Cunha perde o gabinete parlamentar e, consequentemente, a verba de R$ 92 mil destinada à contratação de pessoal.
Os recursos da verba de gabinete são destinados à contratação de pessoal. Os deputados podem empregar até 25 secretários parlamentares, cuja lotação pode ser no gabinete, em Brasília, ou no Estado de origem.
Como se vê, para Cunha, sua saída representa uma série de perdas que vão muito além do mandato e do foro privilegiado.