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Cunha diz que PMDB não deveria ter se aliado ao PT

"Nunca houve aliança, nunca o PMDB participou de formulação política. Só foi chamado para apoiar no Congresso o que eles tinham decidido", disse

O primeiro passo para o impeachment (Lula Marques/ Agência PT)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 05h52.

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou a gestão Dilma Rousseff e afirmou que a aliança entre o partido dele e o PT nunca deveria ter acontecido.

Segundo Cunha, o governo "parece incompetente na gestão" e "tenta resolver problemas com distribuição de benesses e cargos". Mas, segundo o peemedebista, as manipulações políticas com cargos não aumentaram o número de votos do governo na Câmara. "O que o governo deveria fazer é ter parceiros nas formulações de suas políticas", afirmou em entrevista de final de ano a jornalistas da TV Câmara. "Hoje todo mundo vota, mas ninguém defende, porque ninguém participou da formulação nem acredita na política".

PT x PMDB

Cunha, que rompeu com o governo este ano, disse que o PMDB nunca teve uma parceria com o PT . "Nunca houve aliança, nunca o PMDB participou de formulação política. Só foi chamado para apoiar no Congresso o que eles tinham decidido", disse.

Para o peemedebista, a aliança com o PT nunca deveria ter acontecido. "Nossas divergências são maiores do que as convergências", afirmou.

Ele também comentou as trocas de liderança do PMDB na Câmara dos Deputados - Leonardo Picciani (RJ) foi destituído do cargo pela ala pró-impeachment do PMDB, que elegeu Leonardo Quintão (MG), que foi retirado após movimentação de Picciani com apoio do Planalto. Segundo ele, as movimentações refletem uma divisão no partido. "Não me parece que isso esteja solucionado. A melhor maneira é ter uma eleição sem o voto de deputados artificiais", afirmou, ressaltando que o líder deve ser um porta-voz da maioria da bancada.

Sistema político

O presidente da Câmara criticou o número excessivo de partidos na política brasileira e afirmou que, "do jeito como está hoje, nenhum presidente eleito tem garantia de governabilidade."

Ele defendeu o sistema parlamentarista, ou um sistema misto, como o da França e o de Portugal, mas alertou que a discussão desse tema no atual contexto, de baixa popularidade de Dilma Rousseff, atrapalha o debate, porque pode ser vista como uma tentativa de golpe.

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Segundo Cunha, o governo "parece incompetente na gestão" e "tenta resolver problemas com distribuição de benesses e cargos". Mas, segundo o peemedebista, as manipulações políticas com cargos não aumentaram o número de votos do governo na Câmara. "O que o governo deveria fazer é ter parceiros nas formulações de suas políticas", afirmou em entrevista de final de ano a jornalistas da TV Câmara. "Hoje todo mundo vota, mas ninguém defende, porque ninguém participou da formulação nem acredita na política".

PT x PMDB

Cunha, que rompeu com o governo este ano, disse que o PMDB nunca teve uma parceria com o PT . "Nunca houve aliança, nunca o PMDB participou de formulação política. Só foi chamado para apoiar no Congresso o que eles tinham decidido", disse.

Para o peemedebista, a aliança com o PT nunca deveria ter acontecido. "Nossas divergências são maiores do que as convergências", afirmou.

Ele também comentou as trocas de liderança do PMDB na Câmara dos Deputados - Leonardo Picciani (RJ) foi destituído do cargo pela ala pró-impeachment do PMDB, que elegeu Leonardo Quintão (MG), que foi retirado após movimentação de Picciani com apoio do Planalto. Segundo ele, as movimentações refletem uma divisão no partido. "Não me parece que isso esteja solucionado. A melhor maneira é ter uma eleição sem o voto de deputados artificiais", afirmou, ressaltando que o líder deve ser um porta-voz da maioria da bancada.

Sistema político

O presidente da Câmara criticou o número excessivo de partidos na política brasileira e afirmou que, "do jeito como está hoje, nenhum presidente eleito tem garantia de governabilidade."

Ele defendeu o sistema parlamentarista, ou um sistema misto, como o da França e o de Portugal, mas alertou que a discussão desse tema no atual contexto, de baixa popularidade de Dilma Rousseff, atrapalha o debate, porque pode ser vista como uma tentativa de golpe.

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