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Crise compete exclusivamente ao Brasil, diz Paraguai

Em 2012, o Mercosul suspendeu ao Paraguai após a destituição do então presidente, Fernando Lugo, por meio de um julgamento parlamentar


	Ministro do Paraguai o chanceler brasileiro: "eles têm uma democracia muito consolidada e nós não vamos opinar sobre isso", disse Loizaga
 (Jorge Adorno / Reuters)

Ministro do Paraguai o chanceler brasileiro: "eles têm uma democracia muito consolidada e nós não vamos opinar sobre isso", disse Loizaga (Jorge Adorno / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2016 às 15h52.

Assunção - O Paraguai observa o momento de instabilidade política no Brasil como algo "que compete exclusivamente ao povo e às instituições brasileiras" e com o respeito à "não intervenção nos assuntos internos" de outros países, disse nesta terça-feira o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga.

"Eles têm uma democracia muito consolidada e nós não vamos opinar sobre isso", disse Loizaga na sede da Chancelaria, em Assunção, com relação à admissão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados.

Loizaga, que na segunda-feira participou de uma reunião de chanceleres do Mercosul em Montevidéu, explicou que em nenhum momento nesse fórum foi mencionada alguma "proposta" com relação ao processo contra Dilma.

"Deixemos que cada país, conforme suas normas constitucionais e sua institucionalidade democrática, tome a decisão que tenha que tomar", concluiu Loizaga.

Em 2012, o Mercosul suspendeu ao Paraguai após a destituição do então presidente, Fernando Lugo, por meio de um julgamento parlamentar.

A destituição de Lugo foi considerada uma "alteração da ordem democrática" pelo Mercosul e pela Unasul. A suspensão do Paraguai terminou um ano e dois meses depois, quando o poder foi assumido pelo atual líder do país, Horacio Cartes. 

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