Brasil

CPMI poderá receber documento ligado ao governo FHC

Integrantes da CPI aprovaram pedidos de acesso a documentos que envolvem o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso


	Vital do Rêgo e durante a apreciação de requerimentos da CPI Mista da Petrobras
 (Pedro França/Agência Senado)

Vital do Rêgo e durante a apreciação de requerimentos da CPI Mista da Petrobras (Pedro França/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 20h38.

Brasília - Na mesma votação que convocou uma série de autoridades dos governos petistas de Lula e Dilma, os integrantes da CPI mista aprovaram, em bloco, pedidos de acesso a documentos que envolvem o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.

A decisão ocorreu após um "cochilo" dos oposicionistas.

Durante os debates, o deputado de oposição Onyx Lorenzoni (DEM-RS) pediu a exclusão de votação de quatro requerimentos que pediam cópia de relatórios e demais documentos referentes ao acidente da plataforma P-36, que afundou em março de 2001 durante o governo de FHC, e dos processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça que envolvem a troca de ativos entre a Petrobras e a companhia ibero-americana Repsol YPF, referente à refinaria de Bahia Blanca, no mesmo ano.

Eles foram numerados como 440, 447, 525 e 528.

No plano de trabalho proposto pelos relatores das CPIs mista e exclusiva do Senado, respectivamente, o deputado Marco Maia (PT-RS) e o senador José Pimentel (PT-CE), citam que a tragédia do afundamento da P-36 tirou a vida de 11 trabalhadores e gerou um custo para a estatal de US$ 2,2 bilhões.

Dizem ainda que a operação da refinaria de Bahia Blanca pode ter causado um prejuízo de US$ 2,5 bilhões à Petrobrás.

O relator concordou com o pedido do deputado do DEM e determinou a exclusão, na votação em bloco, de quatro requerimentos que envolviam tais operações, apresentadas pelos deputados Sandro Mabel (PMDB-GO) e Sibá Machado (PT-AC).

Ocorre que não foi retirado da lista de votação em bloco o requerimento de número 520, também apresentado por Mabel, que pedia à Agência Nacional de Petróleo (ANP) cópia de relatórios e demais documentos relativos ao acidente na P-36.

Ou seja, esse pedido foi aprovado sem que os oposicionistas percebessem. O caso da Repsol, porém, ficará de fora da investigação.

A informação sobre o "cochilo" da oposição foi confirmada reservadamente por uma parlamentar da base do governo e a manutenção do requerimento sobre a P-36 confirmada pela reportagem do Broadcast Político com a secretaria do Senado que auxilia a CPI mista.

A oposição conseguiu barrar a inclusão de requerimentos para ouvir o ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo David Zylbersztajn, ex-genro de FHC que atuou no órgão durante a gestão do tucano.

Por um acordo com a base, os pedidos que envolviam fatos anteriores a 2004 foram excluídos.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasFernando Henrique CardosoIndústria do petróleoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSenado

Mais de Brasil

STF mantém prisão de Daniel Silveira após audiência de custódia

Suspeitas de trabalho análogo à escravidão em construção de fábrica da BYD na Bahia

PF abre inquérito para apurar supostas irregularidades na liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas

Natal tem previsão de chuvas fortes em quase todo o país, alerta Inmet