CPMI do 8 de Janeiro: após entregar atestado, coronel recua e presta depoimento
Jorge Naime está preso devido à suspeita de negligência em sua atuação nos atos golpistas
Agência de notícias
Publicado em 26 de junho de 2023 às 15h47.
Última atualização em 26 de junho de 2023 às 16h12.
O coronel Jorge Eduardo Naime decidiu comparecer à CPI do 8 de Janeiro , do Congresso. A presença dele acontece depois de ter tentado se ausentar e apresentar um atestado médico à comissão. Naime havia informado à relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que estava com depressão.
Ele era comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) e está preso devido à suspeita de negligência em sua atuação nos atos golpistas.
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O coronel foi preso em fevereiro pela Operação Lesa Pátria da PF que investiga os eventos de 8 de janeiro. O coronel saiu de folga poucos dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro e é investigado por participação nos eventos.
A primeira pergunta da relatora foi justamente sobre o atestado .
"Quando a gente está na situação de preso, qualquer situação que a gente sofre na nossa rotina acarreta alterações mentais. O médico me consultou ontem, onde me encontro detido, e hoje a intenção é que essa minha rotina não fosse alterada porque sabe o que isso acarreta na minha condição de saúde mental. Mas eu já havia sido conduzido para o Congresso, já estava aqui, já havia sido alterada minha rotina e como não tenho nada que não possa declarar perante a essa comissão, eu espontaneamente dedidi vir, mesmo não estando na minha melhor performance emocional", justificou Naime.
Detalhes
A relatora pretende interrogar Naime sobre os acontecimentos do dia 12 de dezembro de 2022, quando manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal e depredaram os arredores do edifício. No seu requerimento, a senadora afirma que o coronel poderá trazer informações “de grande valia” para o trabalho da CPMI.
No dia, os apoiadores radicais do então presidente Jair Bolsonaro deflagraram uma série de atos de vandalismo no centro de Brasília. Carros e ônibus foram danificados e incendiados e houve confronto com a PM
O ataque à sede da PF, e os atos de vandalismo, ocorreram após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro.