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CPMI da Petrobras tem bate-boca entre oposição e presidente

Opositores queriam, após a ordem do dia no plenário, a retomada dos trabalhos na CPMI para a votação dos requerimentos


	Vital do Rêgo: presidente da CPMI convocou nova reunião para a próxima terça-feira
 (Lia de Paula/Agência Senado)

Vital do Rêgo: presidente da CPMI convocou nova reunião para a próxima terça-feira (Lia de Paula/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 18h43.

Brasília - Um bate-boca entre parlamentares da oposição e o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou a reunião da CPMI desta terça-feira (11).

A oposição começou os trabalhos voltando a negar que tenha feito acordo com os governistas, na semana passada, para não convocar algumas pessoas para depor.

Diante disso, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) solicitou que os requerimentos polêmicos de convocação fossem colocados em votação.

“Para desfazer-se o que foi mal colocado pelo relator [deputado Marco Maia (PT-RS)], só há uma alternativa: nós temos a obrigação de votar hoje todos os requerimentos. E eu começo fazendo o requerimento verbal para a convocação de todos os agentes políticos envolvidos: Leonardo Meireles, Vaccari, senadora Gleisi Hoffmann e ministro Paulo Bernardo”, disse Sampaio.

O presidente Vital do Rêgo anunciou então que a divisão da reunião em duas partes.

A primeira para trabalhos administrativos de votação de requerimentos e a segunda para ouvir o atual diretor de contratos da Petrobras, Edmar Diniz.

Na primeira parte, o relator Marco Maia explicou que não houve quórum suficiente e ela foi encerrada.

Os oposicionistas pediram, então, que Vital convocasse uma reunião extraordinária após a oitiva do diretor da estatal.

No entanto, após o rápido depoimento de Edmar Diniz, o senador Wellington Dias (PT-PI) anunciou que a sessão deliberativa no plenário havia começado, o que impõe o fim de qualquer trabalho nas comissões.

Isso levou o presidente Vital do Rêgo encerrar a reunião da CPMI, provocando a ira dos oposicionistas, que queriam, após a ordem do dia no plenário, a retomada dos trabalhos na CPMI para a votação dos requerimentos.

“A tradição é que os membros da Câmara e do Senado se desloquem [até o plenário de suas respectivas casas e depois retornem à comissão], e a oitiva depois continua. E foi o que nós pedimos. Nós requeremos para que houvesse a definição dos requerimentos ao final, e o governo, de forma articulada entre o senador do governo [Wellington Dias] e o presidente da CPI, matou a sessão para impedir isso porque nós tínhamos condição de aprovar os requerimentos. Isso foi para proteger aqueles que pilharam a Petrobras”, disse o deputado Onix Lorenzôni (DEM-RS).

O presidente da CPMI alegou, no entanto, que não tinha opção e convocou nova reunião para a próxima terça-feira (18).

“Na forma do Artigo 107 [do Regimento Interno do Congresso Nacional]: coincidir reunião de comissão temporária ou especial com a ordem do dia. Nós estávamos iniciando a ordem do dia no Senado e nós tínhamos a obrigação de encerrar”, alegou Vital do Rêgo.

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