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CPMI da JBS adia dia depoimento do procurador Ângelo Vilella

Ele é suspeito de receber propina para vazar informações sobre investigações para a empresa

JBS: a CPMI pretende ouvir também o advogado Willer Tomaz de Souza (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: a CPMI pretende ouvir também o advogado Willer Tomaz de Souza (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 16h10.

Brasília - A CPI mista da JBS adiou em um dia o depoimento do procurador Ângelo Goulart Vilella, suspeito de receber propina para vazar informações sobre investigações.

A oitiva, inicialmente prevista para esta terça-feira, 26, ficou para a quarta-feira, 27, a partir das 9h.

No mesmo dia, a CPMI pretende ouvir também o advogado Willer Tomaz de Souza, que trabalhou para o grupo J&F e é acusado de pagar propina para Villela.

Os dois tiveram as convocações aprovadas na quinta-feira passada, quando a comissão votou mais de cem requerimentos.

Mais de 80% destes pedidos aprovados, conforme mostrou levantamento feito pela reportagem, tem como foco o Ministério Público e o grupo J&F.

Segundo o advogado de Vilella, Gustavo Badaró, a mudança de data foi um pedido dele, pois amanhã está previsto o julgamento de um recurso de Villela no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada na semana passada, Vilella fez críticas ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot.

Segundo o procurador, o ex-PGR tinha pressa em derrubar Michel Temer da Presidência para impedir que Raquel Dodge fosse escolhida para sucedê-lo.

Badaró afirmou que, apesar de ter feito críticas a Janot durante a entrevista, o procurador não pretende utilizar o depoimento na CPMI para qualquer tipo de "revanchismo".

"O Ângelo não tem nenhuma intenção de fazer um revanchismo com o Ministério Público, nenhuma retaliação pelo que aconteceu com ele. Ele quer voltar ao Ministério Público, quer provar sua inocência. Quer voltar e voltar de cabeça erguida", afirmou o advogado.

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