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CPI do Tráfico de Pessoas vai à região de Belo Monte

Altamira é a cidade mais afetada pelo crescimento desordenado provocado pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte


	Altamira, no Pará: a comissão deve ir à região na próxima segunda-feira (25) verificar a situação.
 (Alex Webb/Magnum Photos/Latinstock)

Altamira, no Pará: a comissão deve ir à região na próxima segunda-feira (25) verificar a situação. (Alex Webb/Magnum Photos/Latinstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 16h08.

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, instalada na Câmara dos Deputados, aprovou nesta terça-feira (19) a convocação de Adriano Cassan e Carlos Fabrício Pinheiro, que foram presos em Altamira (PA) durante operação policial que libertou 14 mulheres, uma travesti e uma menor de idade mantidas em cárcere privado em prostíbulo local. A comissão deve ir à região na próxima segunda-feira (25) verificar a situação.

Altamira é a cidade mais afetada pelo crescimento desordenado provocado pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O presidente da comissão, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), disse que o governo federal foi alertado diversas vezes sobre os efeitos colaterais do intenso fluxo migratório para aquela região, em razão da construção da usina, e não tomou providências.

Segundo a CPI, Adriano era gerente e Carlos garçom da Boate Xingu, um dos locais de exploração sexual e cárcere privado. Os dois estão presos em Belém, desde a semana passada, quando ocorreu a operação, sob acusação de integrar uma rede de tráfico de pessoas para a prostituição nas proximidades das obras de Belo Monte.

Mais cinco requerimentos também foram aprovados na reunião de hoje, mas não tiveram a data do depoimento definida. Um dos requerimentos aprovados convoca o suposto empresário e olheiro de futebol Reginaldo Pinheiro dos Anjos, conhecido como Doutor. Com promessa dos jovens integrarem a Associação Desportiva Confiança, time de Aracaju, ele recrutou adolescentes de São Paulo, Santa Catarina, Bahia e Goiás. Um dos meninos teria sido vítima de abuso sexual.

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