Empresário envolvido com a exploração de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2012 às 10h49.
Brasília - O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), abriu nesta quarta-feira a reunião em que se decidirá o futuro dos trabalhos da comissão. Um encontro realizado na terça-feira (30) entre integrantes da base aliada e da oposição na CPI terminou sem acordo sobre um eventual aumento de prazo para o encerramento das investigações. Os parlamentares voltam a discutir nesta quarta-feira propostas de prorrogação sob o risco de encerrar os trabalhos sem a votação do relatório final. O prazo para o fim da comissão é no domingo (04).
A base aliada deve apresentar uma proposta para prorrogar as investigações por 48 dias. Esse é o prazo segundo o qual o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI, considera razoável para discutir e votar seu relatório final. Odair disse que está com o texto pronto e, se não tiver acerto, ressaltou estar disposto a votá-lo ainda na sessão desta quarta-feira.
A oposição, por sua vez, quer estender as apurações por 180 dias, tempo que julga necessário para aprofundar as investigações sobre a movimentação financeira do esquema comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com a suposta ajuda da empreiteira Delta. "O prazo é apenas uma desculpa. Se não houver a quebra de sigilo das empresas ligadas ao esquema de Cachoeira, a prorrogação será uma farsa", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Em qualquer uma das hipóteses de prorrogação, aliados e oposicionistas precisam, para adiar o final das investigações, coletar pelo menos 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. Até o início da noite de terça-feira (30), representantes dos dois lados disseram não dispor de apoios suficientes nas duas Casas Legislativas.