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Covid: Brasil passa Suécia e Reino Unido e é 6º em mortes por milhão

Acima do Brasil no ranking, ainda estão Chile, Andorra e Bélgica, Espanha e Peru; em números absolutos Brasil sustenta 2º lugar como o país mais atingido

 (Ricardo Moraes/Reuters)

(Ricardo Moraes/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 12 de setembro de 2020 às 21h58.

Última atualização em 13 de setembro de 2020 às 08h27.

*Corrigimos a colocação do Brasil no ranking, de 4º para 6º, à medida que incluimos Peru e Espanha no ranking. 

O Brasil entrou em setembro com uma marca preocupante: passou Suécia e Reino Unido em número de mortes por covid-19 por milhão de habitantes. Foi um salto e tanto, que levou o país de nono para sexto lugar nessa contagem.

O avanço assusta, porque o país escandinavo resolveu não decretar o fechamento das atividades econômicas no pior momento da pandemia. Em vez disso, o país de 8 milhões de habitantes preferiu apenas fechar suas fronteiras, o que fez com que contabilizasse mais mortes do que seus vizinhos. Atualmente, tem 86.505 casos do vírus e 5.846 mortes.

Já o Reino Unido teve uma explosão inicial nos casos de covid por demorar a adotar as medidas de contenção do vírus. O primeiro-ministro Boris Johnson endureceu as medidas de isolamento apenas no meio de março, depois de seus vizinhos.

Acima do Brasil no ranking, ainda estão Chile, Andorra e Bélgica, Espanha e Peru, no topo da lista. Esse último sustenta o primeiro lugar há alguns meses, em função da forma controversa que achou para contar o número de fatalidades da doença.

A Espanha, que chegou a registrar 10 mil casos por dia durante o auge da pandemia, voltou a bater na marca recentemente. O país se tornou nesta semana o primeiro da União Europeia a superar meio milhão de casos. A segunda onda de infecções vem sobretudo pelas aglomerações de pessoas em bares, embora o uso de máscara nas ruas ainda seja obrigatório.

Outro ponto crítico é a falta de concordância entre o governo federal é as regiões do país sobre de quem é a responsabilidade maior de arcar com o custo da pandemia, que já fez 29.747 vítimas e contabilizou 566.326 casos.

Menos comprometida, mas ainda no topo dos níveis de mortalidade a Bélgica chegou a ser criticada pela forma que contabiliza os casos da doença em seu território. Com 11 milhões de habitantes, o país resolveu contar todos os casos suspeitos e todas as mortes em asilos, o que infla o resultado final. Atualmente, o país contabiliza pouco mais de 90 mil casos da doença e 9,9 mil mortes. Muito menos do que os 131.210 óbitos pela doença no Brasil, que já atingiu 4.315.687 de casos.

Já Andorra, que tem apenas 77 mil habitantes, fez um mutirão para testar sua população, O pequeno principado está localizado entre Espanha e França, países que sofreram bastante com o coronavírus. Apesar de ainda estar entre os primeiros da lista, Andorra está com o surto controlado em seu território.

O Chile, por sua vez, passou por uma série de erros de estratégia para conter o surto, chegando a ter em julho mais de 5 mil novos casos diários da doença.  No caso do Peru, o cenário é agravado pelo sistema de saúde precário e a alta informalidade no trabalho.

Em números absolutos de mortes e casos confirmados, o Brasil sustentava o segundo lugar como o país mais atingido no mundo desde junho, mas foi ultrapassado pela Índia na semana passada. Estados Unidos ficam com o primeiro lugar.

Dados do Our World Data mostram que o
Brasil passou Suécia e Reino Unido em número de mortes por milhão de habitantes (Our World Data/Divulgação)

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