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Couto pacificará Direitos Humanos, creem petistas

A comissão deverá passar por um processo de "pacificação" após a polêmica gestão do pastor Marcos Feliciano


	Assis do Couto: o deputado não tem histórico de forte militância no setor e é ligado à área de agricultura familiar
 (Antonio Augusto / Câmara dos Deputados)

Assis do Couto: o deputado não tem histórico de forte militância no setor e é ligado à área de agricultura familiar (Antonio Augusto / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 14h31.

Brasília - Na visão dos petistas, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados deverá passar por um processo de "pacificação" após a tumultuada gestão do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) em 2013. Ontem, a maioria da bancada do PT escolheu o deputado Assis do Couto (PR) para presidir a Comissão. A sessão de instalação da comissão permanente está marcada para a tarde desta quarta-feira, 26.

Couto derrotou na votação o indicado da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos Humanos, o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Nilmário Miranda (MG). Os parlamentares entendiam que, após um ano de gestão "fundamentalista", o grupo de trabalho deveria voltar a ser comandado por militantes da causa.

Couto não tem histórico de forte militância no setor e é ligado à área de agricultura familiar. "O desejo era que fosse alguém do núcleo (de Direitos Humanos), mas todo petista tem uma longa história de atuação na área", contemporizou o vice-líder da bancada, Bohn Gass (RS).

Nos bastidores, petistas não escondem que havia uma pressão da bancada evangélica contra a escolha de membros da Frente Parlamentar e afirmam que a indicação de Couto dará equilíbrio à comissão.

"Direitos Humanos não podia se transformar em feudo do Feliciano nem feudo dos meninos do PT (ativistas da área). É uma comissão laica, não é uma seita. A comissão se livrou de dois grandes extremos", definiu um cacique da legenda.

Para o líder do PT, Vicentinho (SP), Assis do Couto garantirá o "caminho ético" à comissão. "Acho que ele vai apaziguar a comissão. Ele vai atuar como todos os petistas atuariam", afirmou.

Apesar do poder de indicação da presidência ter ficado a cargo do PT, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) avisou que apresentará uma candidatura avulsa na sessão de instalação. Bolsonaro admitiu que os deputados ligados à área devem formar maioria na comissão, mas que isso não o impedirá de atuar alinhado com os evangélicos. "Eles (deputados ativistas) vão ter trabalho", avisou.

Comissões

Hoje ocorrem as sessões de instalação das 22 comissões temáticas da Casa. Pela manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara, aprovou a indicação dos deputados Vicente Cândido (PT-SP) e Fábio Trad (PMDB-MS) para presidente e vice, respectivamente.

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