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Costa recebeu propina mesmo depois de sair da Petrobras

Segundo o jornal O Globo, o ex-diretor da Petrobras recebeu prestações mensais de R$ 550 mil mesmo após deixar a estatal

Paulo Roberto Costa: o ex-diretor da Petrobras recebeu prestações mensais de R$ 550 mil após deixar a estatal (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 09h52.

São Paulo - Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos primeiros envolvidos no esquema de corrupção da estatal a ser preso, recebeu propina durante dois anos após deixar o cargo na empresa.

Segundo o jornal O Globo, o ex-diretor de Abastecimento afirmou em delação premiada que recebeu 550 mil reais por mês em prestações de propinas mesmo depois de ter pedido demissão da estatal. No total, ele teria recebido 8,82 bilhões de reais.

Segundo ele, a última parcela teria sido paga em fevereiro de 2014, um mês antes de ser preso durante as investigações da Operação Lava Jato  e quase dois anos depois de ter sido demitido da Petrobras.

Costa, que foi indicado ao cargo de diretor da Petrobras pelo PP e deixou o posto em 2012, foi preso pela Polícia Federal em março do ano passado por tentar destruir provas e documentos do esquema de lavagem de dinheiro.

Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto Costa afirmou que abriu a empresa Costa Global para prestar serviços de consultoria, mas depois resolveu usá-la para receber os valores pendentes de propinas acertadas durante o período em que comandou a diretoria de Abastecimento na Petrobras.

De acordo com ele, as empreiteiras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Iesa Óleo e Gás e Engevix teriam assinados contratos irregulares com a Costa Global.

Segundo o depoimento do ex-diretor, o doleiro Alberto Youssef, também no centro das investigações, fez as contas das propinas que Costa ainda tinha a receber.

A Queiroz Galvão teria pagado 800 mil reais em 8 parcelas de 100 mil reais a partir de março de 2013. A Iesa teria feito 12 pagamentos de 100 mil reais, somando 1,2 milhão de reais.

Já a Engevix teria parcelado a "dívida" de 665 mil reais em 19 parcelas de 35 mil reais. Por fim, a Camargo Corrêa, que tinha o maior valor em propinas ainda pendente, quitou 3 milhões de reais em dezembro de 2013, segundo o depoimento de Costa.

De acordo com o jornal, Costa teria ainda revelado em sua delação premiada que fechou contratos para receber proprina de uma distribuidora de produtos de petróleo do Amazonas.

A empresa, que não teve o nome revelado, construiu um terminal de derivados em Itaquatiara. Até sua construção, a Petrobras deixava seus produtos em um navio que ficava parado no local.

Depois da conclusão do terminal, a distribuidora foi contratada sem licitação pela Petrobras. Por sua participação no acordo, Costa recebeu 3,09 milhões de reais em propina da empresa.

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São Paulo - Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos primeiros envolvidos no esquema de corrupção da estatal a ser preso, recebeu propina durante dois anos após deixar o cargo na empresa.

Segundo o jornal O Globo, o ex-diretor de Abastecimento afirmou em delação premiada que recebeu 550 mil reais por mês em prestações de propinas mesmo depois de ter pedido demissão da estatal. No total, ele teria recebido 8,82 bilhões de reais.

Segundo ele, a última parcela teria sido paga em fevereiro de 2014, um mês antes de ser preso durante as investigações da Operação Lava Jato  e quase dois anos depois de ter sido demitido da Petrobras.

Costa, que foi indicado ao cargo de diretor da Petrobras pelo PP e deixou o posto em 2012, foi preso pela Polícia Federal em março do ano passado por tentar destruir provas e documentos do esquema de lavagem de dinheiro.

Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto Costa afirmou que abriu a empresa Costa Global para prestar serviços de consultoria, mas depois resolveu usá-la para receber os valores pendentes de propinas acertadas durante o período em que comandou a diretoria de Abastecimento na Petrobras.

De acordo com ele, as empreiteiras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Iesa Óleo e Gás e Engevix teriam assinados contratos irregulares com a Costa Global.

Segundo o depoimento do ex-diretor, o doleiro Alberto Youssef, também no centro das investigações, fez as contas das propinas que Costa ainda tinha a receber.

A Queiroz Galvão teria pagado 800 mil reais em 8 parcelas de 100 mil reais a partir de março de 2013. A Iesa teria feito 12 pagamentos de 100 mil reais, somando 1,2 milhão de reais.

Já a Engevix teria parcelado a "dívida" de 665 mil reais em 19 parcelas de 35 mil reais. Por fim, a Camargo Corrêa, que tinha o maior valor em propinas ainda pendente, quitou 3 milhões de reais em dezembro de 2013, segundo o depoimento de Costa.

De acordo com o jornal, Costa teria ainda revelado em sua delação premiada que fechou contratos para receber proprina de uma distribuidora de produtos de petróleo do Amazonas.

A empresa, que não teve o nome revelado, construiu um terminal de derivados em Itaquatiara. Até sua construção, a Petrobras deixava seus produtos em um navio que ficava parado no local.

Depois da conclusão do terminal, a distribuidora foi contratada sem licitação pela Petrobras. Por sua participação no acordo, Costa recebeu 3,09 milhões de reais em propina da empresa.

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