Brasil

Costa aponta negócio "estranho" fechado por Gabrielli

Paulo Roberto Costa relatou que a compra da Suzano Petroquímica pela Petrobras, fechada pelo então presidente, lhe pareceu "um pouco estranha"


	Paulo Roberto Costa: valor pago pelo controle da Suzano Petroquímica, na época, foi de R$ 2,7 bilhões
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Paulo Roberto Costa: valor pago pelo controle da Suzano Petroquímica, na época, foi de R$ 2,7 bilhões (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 22h24.

Brasília - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa relatou que a compra da Suzano Petroquímica pela estatal, em 2007, lhe pareceu "um pouco estranha".

A operação, segundo Costa, foi fechada pelo então presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. O valor pago pelo controle da Suzano Petroquímica, na época, foi de R$ 2,7 bilhões.

De acordo com Costa, em depoimentos colhidos no âmbito da Operação Lava Jato, tanto a área de novos negócios como os bancos que assessoravam a Petrobras estabeleceram limites máximo e mínimo para a compra da empresa.

Segundo o delator, "causou surpresa que a negociação tenha sido fechada em um patamar bem superior ao mínimo fixado no 'range' face a uma decisão unilateral do então presidente Sérgio Gabrielli".

O valor foi aceito pela Suzano e, posteriormente, aprovado em uma reunião da diretoria. Segundo Costa, as reuniões eram meramente formais e raramente uma decisão do presidente era questionada. A compra foi chancelada também pelo Conselho de Administração, de acordo com o ex-diretor. Na época, lembra Costa, faziam parte do conselho a presidente Dilma Rousseff, o empresário Jorge Gerdau e o próprio Gabrielli.

A operação passou pela Gerência Executiva de Novos Negócios. De acordo com Costa, essa gerência não participou da aquisição da refinaria de Pasadena, do Texas (EUA). Ele diz não saber o motivo para que a gerência não tenha participado do processo.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExecutivosGás e combustíveisIndústria do petróleoJosé Sérgio GabrielliOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo