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Corte de Paris abre julgamento de recurso de Maluf

Maluf, ex-prefeito de São Paulo (1993/1996), foi condenado pela Justiça francesa em outubro de 2015 a três anos de prisão por lavagem de dinheiro

Paulo Maluf: a sentença determinou ainda o confisco de 1.844.623,33 euros em contas do deputado e de seus familiares (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

Paulo Maluf: a sentença determinou ainda o confisco de 1.844.623,33 euros em contas do deputado e de seus familiares (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de março de 2017 às 19h17.

São Paulo - A Corte de Apelações de Paris iniciou nesta segunda-feira, 6, o julgamento do recurso impetrado pelo deputado Paulo Maluf (PP/SP) contra sua condenação na França. O julgamento deve durar três dias.

Maluf, ex-prefeito de São Paulo (1993/1996), foi condenado pela Justiça francesa em outubro de 2015 a três anos de prisão por lavagem de dinheiro - crime que teria praticado no período entre 1996 e 2003.

Contra a condenação, a defesa de Maluf ingressou com recurso perante a Corte de Apelações de Paris.

Na mesma ação, além de Maluf, a Justiça francesa condenou sua mulher Sylvia Lutfalla Maluf e o filho mais velho do casal Flávio Maluf, pelo mesmo crime.

A sentença determinou ainda o confisco de 1.844.623,33 euros em contas do deputado e de seus familiares. Além disso, à família foi imposta multas que somam 500 mil euros.

Segundo a Justiça francesa, Maluf, a mulher e o filho "agiram em associação para ocultar a origem de recursos" que tiveram origem em ato de corrupção e desvio de dinheiro no Brasil na época em que Maluf era prefeito de São Paulo.

Na sentença são citadas as obras do túnel Ayrton Senna e da avenida Água Espraiada, sob suspeita de superfaturamento segundo as investigações no Brasil e de onde teriam saído os valores para as contas no exterior.

O parlamentar e seus familiares, segundo a justiça francesa, são acusados de enviar o dinheiro dos crimes para empresas offshore e contas em bancos no exterior.

Dois advogados do ex-prefeito, Ricardo Tosto e Jorge Nemr, estão em Paris, acompanhando o julgamento.

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