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Corintianos presos em Oruro vivem realidade de compatriotas

Os torcedores estão detidos em uma prisão insalubre junto com ladrões, traficantes e estupradores

12 torcedores do Corinthians presos em Oruro: Kelvin Beltran foi atingido por um sinalizador, que teria partido da torcida corintiana, em fevereiro, durante o jogo entre San José e Corinthians, pela Taça Libertadores da América. (REUTERS / Daniel Rodrigo)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 14h08.

Brasília – Os 12 torcedores corintianos acusados de participação na morte do torcedor boliviano Kevin Beltran estão detidos em Oruro, em uma prisão insalubre junto com ladrões, traficantes e estupradores. A constatação foi feita pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que retornou hoje (27) da Bolívia , depois de visitar os torcedores.

Kelvin Beltran foi atingido por um tiro de sinalizador, que teria partido da torcida corintiana, em fevereiro, durante o jogo entre San José e Corinthians, pela Taça Libertadores da América. Ferraço voltou da viagem com a impressão de que o governo brasileiro – pelos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça – terá que 'elevar o tom' [com o governo da Bolívia] sob pena dos torcedores ficarem lá eternamente.

O presidente da CRE conversou com o embaixador do Brasil no país, Marcel Fortuna Biato, e está convicto de que, por lá, as autoridades brasileiras já chegaram 'ao limite' do que poderiam fazer pelos torcedores do clube paulista. Ricardo Ferraço agendou, para quarta-feira (3), uma audiência para tratar do assunto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No dia seguinte, está prevista audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, com o chanceler Antonio Patriota.

De acordo com a assessoria do senador capixaba, o número de brasileiros presos na Bolívia é de aproximadamente 200 pessoas. O padre Rutemarque Crispim, pároco em Brasileia (AC) e responsável pela Pastoral de Direitos Humanos de Assis Brasil, confirmou as declarações do senador capixaba.

Segundo Crispim, são comuns os casos de maus tratos de brasileiros em prisões bolivianas. Brasileia faz fronteira com a cidade boliviana de Cobija, onde vários brasileiros estão detidos. “Nós temos muitos relatos de familiares. Informamos às autoridades brasileiras, mas nunca fizeram nada. A maioria está detida por roubo e tráfico”disse.

O pároco disse também que é comum os brasileiros presos receberem alimentação de familiares para que não passem fome. Brasileia e Cobija são interligadas por duas pontes com livre trânsito de bolivianos e brasileiros.

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Kelvin Beltran foi atingido por um tiro de sinalizador, que teria partido da torcida corintiana, em fevereiro, durante o jogo entre San José e Corinthians, pela Taça Libertadores da América. Ferraço voltou da viagem com a impressão de que o governo brasileiro – pelos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça – terá que 'elevar o tom' [com o governo da Bolívia] sob pena dos torcedores ficarem lá eternamente.

O presidente da CRE conversou com o embaixador do Brasil no país, Marcel Fortuna Biato, e está convicto de que, por lá, as autoridades brasileiras já chegaram 'ao limite' do que poderiam fazer pelos torcedores do clube paulista. Ricardo Ferraço agendou, para quarta-feira (3), uma audiência para tratar do assunto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No dia seguinte, está prevista audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, com o chanceler Antonio Patriota.

De acordo com a assessoria do senador capixaba, o número de brasileiros presos na Bolívia é de aproximadamente 200 pessoas. O padre Rutemarque Crispim, pároco em Brasileia (AC) e responsável pela Pastoral de Direitos Humanos de Assis Brasil, confirmou as declarações do senador capixaba.

Segundo Crispim, são comuns os casos de maus tratos de brasileiros em prisões bolivianas. Brasileia faz fronteira com a cidade boliviana de Cobija, onde vários brasileiros estão detidos. “Nós temos muitos relatos de familiares. Informamos às autoridades brasileiras, mas nunca fizeram nada. A maioria está detida por roubo e tráfico”disse.

O pároco disse também que é comum os brasileiros presos receberem alimentação de familiares para que não passem fome. Brasileia e Cobija são interligadas por duas pontes com livre trânsito de bolivianos e brasileiros.

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