BC: o Governo Central (formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) respondeu por um déficit de R$ 16,9 bilhões. (Leandro Fonseca/Exame)
Redação Exame
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 12h17.
As contas do setor público consolidado fecharam novembro de 2025 com um déficit primário de R$ 14,4 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira, 30. O resultado é mais que o dobro do registrado no mesmo mês de 2024, quando o déficit ficou em R$ 6,6 bilhões.
Segundo o relatório, o Governo Central (formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) respondeu por um déficit de R$ 16,9 bilhões.
Já as empresas estatais apresentaram déficit de R$ 2,9 bilhões, enquanto os governos regionais (estaduais e municipais) tiveram superávit de R$ 5,3 bilhões.
No acumulado de 12 meses até novembro, o déficit primário do setor público consolidado somou R$ 45,5 bilhões, equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado até outubro, o resultado era de R$ 37,7 bilhões (0,30% do PIB), o que mostra um agravamento do saldo fiscal.
Na segunda-feira, 29, o Tesouro Nacional havia divulgado um déficit primário de R$ 20,2 bilhões para o Governo Central em novembro. A diferença em relação aos dados do Banco Central se deve às metodologias distintas adotadas por cada instituição na apuração das contas públicas.
Os juros nominais do setor público consolidado totalizaram R$ 87,2 bilhões em novembro, abaixo dos R$ 92,5 bilhões registrados no mesmo mês de 2024.
No acumulado de 12 meses, os juros alcançaram R$ 981,9 bilhões, o equivalente a 7,77% do PIB. No mesmo período de 2024, esse valor era de R$ 918,2 bilhões (7,83% do PIB).
Com isso, o resultado nominal — que inclui o resultado primário e os juros da dívida pública — foi negativo em R$ 101,6 bilhões no mês.
No acumulado de 12 meses, o déficit nominal chegou a R$ 1,027 trilhão, representando 8,13% do PIB, praticamente estável em relação a outubro (R$ 1,024 trilhão, ou 8,15% do PIB).