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Conselho sorteia três nomes para relatoria no caso Cunha

O presidente do Conselho de Ética sorteio os nomes aptos a substituir o relator do processo contra Eduardo Cunha


	Fausto Pinato: Mesa Diretora da Câmara decidiu retirar o deputado do papel de relator do processo contra Eduardo Cunha
 (Thyago Marcel/Acervo/Câmara dos Deputados)

Fausto Pinato: Mesa Diretora da Câmara decidiu retirar o deputado do papel de relator do processo contra Eduardo Cunha (Thyago Marcel/Acervo/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 17h36.

Brasília - Em uma sessão rápida, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), sorteou nesta quarta-feira, 9, os nomes de três titulares aptos a substituir Fausto Pinato (PRB-SP), relator destituído do processo disciplinar do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Foram sorteados Leo de Brito (PT-AC), Marcos Rogério (PDT-RO) e Sérgio Brito (PSD-BA).

Em inúmeras situações, Araújo manifestou apreço pelo trabalho de Marcos Rogério, que foi relator do caso que culminou com a aprovação no colegiado do pedido de cassação do então deputado Luiz Argôlo (SD-BA).

Após a decisão da Mesa Diretora da Casa de retirar Fausto Pinato do papel de relator do processo disciplinar contra o presidente da Câmara, Araújo decidiu encerrar a sessão desta tarde e convocar nova reunião para amanhã as 9h30.

Em seguida, realizou novo sorteio para escolha do relator do processo. Ficaram de fora do sorteio todos os oito titulares membros do bloco PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB.

"Não vou fazer o jogo que querem fazer. Não posso colocar em risco o Conselho de Ética. O que estão fazendo conosco é um absurdo", protestou Araújo.

Araújo havia proclamado Zé Geraldo (PT-PA) como substituto do relator Fausto Pinato (PRB-SP). Diante das manifestações apelando para um novo sorteio, voltou atrás.

O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) defendeu precaução na decisão em nome da probidade do processo disciplinar. "O que não pode é deixar o processo viciado", declarou.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disse que a situação era humilhante para o colegiado e que a manobra se tratava de "jogatina" e "chicana".

"O que estamos vivendo aqui nunca vivemos. Isso é um circo que está sendo montado porque quem está sendo julgado é o presidente da Casa", disse.

Alguns membros da Mesa Diretora, como a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) e o deputado Alex Canziani (PTB-PR), vieram à sessão informar que a decisão que retirou o relator Fausto Pinato (PRB-SP) da função foi exclusiva do vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA), aliado de Cunha.

À reportagem, Marcos Rogério, um dos sorteados, disse que já manifestou publicamente sua posição pela admissibilidade do processo contra Cunha e que não haverá mudanças em sua posição.

Se for escolhido pelo presidente do colegiado, Rogério disse que vai acolher parte da ideia manifestada por Pinato.

Diante do ineditismo da ação do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-BA), que acolheu um recurso para retirar Pinato da função, Rogério disse que ainda analisará se caberia abrir novo prazo.

Se escolhido, Rogério acredita que não terá como evitar a pressão. "Não tem como não ter pressão. Mas ele vai ser julgado como deputado", declarou.

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