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Congresso não pode votar projetos com impacto fiscal, diz PT

O Congresso não deve votar projetos que comprometam o equilíbrio das contas públicas, afirmou nesta sexta-feira o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE)

"Discutimos sobre a pauta. Que, no Congresso, nós não podemos votar tudo aquilo que sinalizar um desequilíbrio fiscal do país", disse Guimarães (Pedro França/Agência Câmara)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 18h06.

Brasília - O Congresso não deve votar projetos que comprometam o equilíbrio das contas públicas, afirmou nesta sexta-feira o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), após reunião de sua bancada com a presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o líder, a presidente se disse comprometida a combater a inflação e manter o rigor fiscal de seu governo. Para o deputado, o objetivo da bancada é evitar que ocorra "qualquer loucura na Câmara que comprometa os ajustes fiscais do governo".

"Discutimos sobre a pauta. Que, no Congresso, nós não podemos votar tudo aquilo que sinalizar um desequilíbrio fiscal do país", disse Guimarães a jornalistas.

Tramitam no Parlamento alguns projetos que vinculam parcelas significativas da arrecadação a algumas áreas, como a saúde, cujas votações têm sido sugeridas para atender às críticas levantadas nas manifestações populares que tomaram as ruas do país.

O petista afirmou ainda que "a presidente assumiu e disse claramente do compromisso que ela tem com o combate à inflação, do rigor fiscal de seu governo." Mais cedo, após se reunir com Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a presidente estava "preocupada" com a questão fiscal e defendeu que o Congresso, do qual também é presidente, deixe para depois a análise de vetos presidenciais que tenham impacto fiscal.

"Não tem descontrole"

Guimarães disse que Dilma mostrou-se "segura" durante o encontro com a bancada petista e afirmou confiar que não há descontrole de alta dos preços no país.

"Quero confessar para vocês que ela falou assim: 'eu confio porque estou absolutamente segura. Não tem descontrole da inflação. Eu vou enfrentar isso'", afirmou o deputado.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo pretende anunciar um corte de despesas, concentrado principalmente em custeios.


A presidente reafirmou ainda, de acordo com Guimarães, estar comprometida com a melhoria dos serviços públicos, uma das demandas das manifestações populares das últimas semanas que em seu ponto mais alto levaram mais de um milhão de pessoas às ruas.

A bancada do PT na Câmara, por sua, vez, manifestou apoio aos 5 pactos anunciados por Dilma em resposta à mobilização popular. Os pactos envolvem as áreas de saúde, educação, transporte público, equilíbrio fiscal e a reforma política.

A presidente enviou nesta semana uma mensagem ao Congresso com uma sugestão de temas que poderiam ser tratados em um plebiscito sobre uma eventual reforma política.

O líder petista afirmou que sua bancada demonstrou, durante o encontro no Planalto desta manhã, apoio à realização de um plebiscito, como deseja o governo. A oposição tem se manifestado a favor de um referendo, e não do plebiscito.

Durante o encontro com deputados petistas, a presidente teria ainda pedido que a bancada ajuda na "recomposição da base", disse o líder, principalmente com o PMDB.

"A viola desafinou um pouco e qualquer viola desafinada tem que ser afinada. O PT pode ajudar a afinar a viola a partir desse momento", comentou.

"O PMDB integra a nossa aliança com os demais partidos e é fundamental a gente afinar a viola." Durante a reunião foram elencados alguns obstáculos que precisam ser ultrapassados, disse Guimarães. Dentre os desafios a serem resolvidos, está a recomposição da base, o cuidado com projetos que comprometam o equilíbrio fiscal e diálogo com as demandas populares.

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Brasília - O Congresso não deve votar projetos que comprometam o equilíbrio das contas públicas, afirmou nesta sexta-feira o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), após reunião de sua bancada com a presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o líder, a presidente se disse comprometida a combater a inflação e manter o rigor fiscal de seu governo. Para o deputado, o objetivo da bancada é evitar que ocorra "qualquer loucura na Câmara que comprometa os ajustes fiscais do governo".

"Discutimos sobre a pauta. Que, no Congresso, nós não podemos votar tudo aquilo que sinalizar um desequilíbrio fiscal do país", disse Guimarães a jornalistas.

Tramitam no Parlamento alguns projetos que vinculam parcelas significativas da arrecadação a algumas áreas, como a saúde, cujas votações têm sido sugeridas para atender às críticas levantadas nas manifestações populares que tomaram as ruas do país.

O petista afirmou ainda que "a presidente assumiu e disse claramente do compromisso que ela tem com o combate à inflação, do rigor fiscal de seu governo." Mais cedo, após se reunir com Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a presidente estava "preocupada" com a questão fiscal e defendeu que o Congresso, do qual também é presidente, deixe para depois a análise de vetos presidenciais que tenham impacto fiscal.

"Não tem descontrole"

Guimarães disse que Dilma mostrou-se "segura" durante o encontro com a bancada petista e afirmou confiar que não há descontrole de alta dos preços no país.

"Quero confessar para vocês que ela falou assim: 'eu confio porque estou absolutamente segura. Não tem descontrole da inflação. Eu vou enfrentar isso'", afirmou o deputado.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo pretende anunciar um corte de despesas, concentrado principalmente em custeios.


A presidente reafirmou ainda, de acordo com Guimarães, estar comprometida com a melhoria dos serviços públicos, uma das demandas das manifestações populares das últimas semanas que em seu ponto mais alto levaram mais de um milhão de pessoas às ruas.

A bancada do PT na Câmara, por sua, vez, manifestou apoio aos 5 pactos anunciados por Dilma em resposta à mobilização popular. Os pactos envolvem as áreas de saúde, educação, transporte público, equilíbrio fiscal e a reforma política.

A presidente enviou nesta semana uma mensagem ao Congresso com uma sugestão de temas que poderiam ser tratados em um plebiscito sobre uma eventual reforma política.

O líder petista afirmou que sua bancada demonstrou, durante o encontro no Planalto desta manhã, apoio à realização de um plebiscito, como deseja o governo. A oposição tem se manifestado a favor de um referendo, e não do plebiscito.

Durante o encontro com deputados petistas, a presidente teria ainda pedido que a bancada ajuda na "recomposição da base", disse o líder, principalmente com o PMDB.

"A viola desafinou um pouco e qualquer viola desafinada tem que ser afinada. O PT pode ajudar a afinar a viola a partir desse momento", comentou.

"O PMDB integra a nossa aliança com os demais partidos e é fundamental a gente afinar a viola." Durante a reunião foram elencados alguns obstáculos que precisam ser ultrapassados, disse Guimarães. Dentre os desafios a serem resolvidos, está a recomposição da base, o cuidado com projetos que comprometam o equilíbrio fiscal e diálogo com as demandas populares.

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