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Congresso instala CPI para investigar operações da J&F com BNDES

A comissão investigará supostas irregularidades envolvendo a JBS e sua holding controladora em operações com o BNDES

BNDES: os parlamentares irão também investigar os procedimentos do acordo de colaboração premiada (Vanderlei Almeida/AFP/AFP)

BNDES: os parlamentares irão também investigar os procedimentos do acordo de colaboração premiada (Vanderlei Almeida/AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 18h13.

São Paulo - O Congresso Nacional instalou nesta terça-feira uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar as operações da J&F, holding que controla a JBS, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social entre 2007 e 2016.

A comissão será presidida pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e terá como vice-presidente o também senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), segundo o site do Senado. O relator da CPI mista deverá ser escolhido na semana que vem.

A comissão investigará supostas irregularidades envolvendo a JBS e sua holding controladora em operações com o BNDES e com o braço de participações do banco de fomento, o BNDESPar.

Os parlamentares irão também "investigar os procedimentos do acordo de colaboração premiada celebrado entre o Ministério Público Federal e os acionistas das empresas JBS e J&F".

Controladores e executivos da J&F firmaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e entre os atingidos pelas acusações que fizeram está o presidente Michel Temer, que já foi alvo de uma denúncia da PGR por corrupção passiva. No mês passado, entretanto, a Câmara dos Deputados rejeitou autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a denúncia.

A instalação da CPI mista acontece um dia depois de o procurador-geral da República anunciar a abertura de uma investigação que pode levar à rescisão do acordo de delação premiada com os executivos da J&F, por conta de áudios que apontaram ilícitos cometidos por eles e não relatados aos investigadores.

Há expectativa de que Janot ofereça uma segunda denúncia contra Temer antes do fim de seu mandato à frente da PGR, em 17 de setembro.

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