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Congelar tarifas ameaça sistema, dizem empresas de ônibus do Rio

Empresários tinham solicitado na Justiça o reajuste das tarifas dos ônibus urbanos e conseguiram o aumento das passagens de R$ 3,80 para R$ 3,95

Rio de Janeiro: a prefeitura do Rio recorreu e conseguiu cassar a liminar (Tânia Rêgo/ABr/Agência Brasil)

Rio de Janeiro: a prefeitura do Rio recorreu e conseguiu cassar a liminar (Tânia Rêgo/ABr/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de junho de 2017 às 17h34.

O sindicato de empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), disse hoje (9), em nota, que a não concessão do reajuste anual da tarifa dos ônibus urbanos pela prefeitura do Rio levou ao colapso e ameaça a paralisação de todo o sistema de transporte rodoviário do município.

A situação das empresas, segundo o sindicato, se agravou nos últimos meses com a demissão de cerca de 3 mil rodoviários.

Além disso, 11 empresas estão na iminência de fechar e sete encerraram as atividades recentemente.

Os empresários tinham solicitado na Justiça o reajuste das tarifas dos ônibus urbanos e conseguiram o aumento das passagens de R$ 3,80 para R$ 3,95.

A prefeitura do Rio recorreu da decisão e conseguiu na semana passada cassar a liminar, que entraria em vigor nesta terça-feira (6).

O sindicato diz que a opção da prefeitura prejudica não só as empresas, mas também os 3 milhões de usuários diários do transporte, além dos 35 mil trabalhadores do setor e suas famílias, totalizando mais de 100 mil pessoas.

Além da diminuição do número de veículos transitando e a paralisação de algumas linhas, há também a possibilidade de perda de benefícios, como gratuidade e integrações, e, como consequência, o crescimento de transportes alternativos como vans e kombis que, muitas vezes, transitam ilegalmente pela cidade e sem qualquer tipo de fiscalização.

O Rio Ônibus também afirma na nota que o reajuste da tarifa "não é um favor, mas uma obrigação", de acordo com o contrato com a prefeitura, e que, ao não cumprir com o combinado, ela impede o aumento salarial reivindicado pelos rodoviários e a renovação da frota, deixando assim de cumprir também com a decisão judicial que determinou a climatização de todos os ônibus que circulam no município do Rio de Janeiro.

A Agência Brasil solicitou o posicionamento da prefeitura do Rio sobre as informações prestadas pelo sindicato, mas não recebeu informação até o momento de publicação da matéria.

 

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