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Confiança da indústria segue em alta, afirma FGV

Analistas acreditam demanda do mercado interno manteve a confiança em alta apesar das altas na taxa Selic

Segundo a FGV, o índice não teve uma queda significativa no início do ano (DIVULGAÇÃO/Camargo Correia)
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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 15h06.

São Paulo - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) não caiu de forma significativa no primeiro trimestre deste ano, apesar dos dois aumentos da taxa básica de juros (Selic) feitos pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em janeiro e em março deste ano. Segundo o coordenador de Sondagens Conjunturais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo, o índice costuma ceder quando a autoridade monetária promove um aperto.

Na avaliação dele, desta vez, a indústria dá indícios de que tem um estoque de confiança, motivado pela demanda do mercado interno. Apesar dessa confiança ter caído nos últimos meses, ela permanece em patamares historicamente elevados.

Em dezembro de 2010, o ICI atingiu 114,5 pontos e apresentou uma sequência de quedas: caiu para 112,8 pontos em janeiro, para 112,5 pontos em fevereiro e para 112,4 pontos em março. No mesmo período, o Índice da Situação Atual recuou de 116,2 pontos, em dezembro, para 113 pontos, em março.

Enquanto o Índice de Expectativas teve uma queda menor, de 112,8 pontos, em dezembro, para 111,7 pontos, em março. "Historicamente, a confiança cai quando há um aperto na política monetária, mas, até março, pelo menos no horizonte de curto prazo, as expectativas ainda são relativamente favoráveis", afirmou. Ele ressaltou, por exemplo, que o Índice de Expectativas está praticamente igual ao de abril de 2010 (110,5 pontos), enquanto o índice da Situação Atual estava em 120 pontos, em abril de 2010, e vem caindo desde então.

Campelo citou que o Nível de Demanda Interna está caindo há três meses consecutivos. Em dezembro, ele estava em 122,4 pontos. E agora, em março, ficou em 115,8 pontos. "Apesar dessa queda, a demanda interna continua elevada, acima de sua média histórica, de 107,1 pontos, embora inferior ao registrado nos melhores momentos econômicos de 2007 e 2008", afirmou. Outro indicador citado pelo coordenador foi o de Situação Futura dos Negócios, que avalia a visão dos empresários para os próximos seis meses. O indicador estava em 145,2 pontos, em dezembro, e está subindo há três meses consecutivos. Em março, chegou a 155,5 pontos.

"Em dezembro, os empresários previam um ambiente mais pessimista para o primeiro semestre. Mas agora, embora tenhamos um enfraquecimento da produção, temos a sustentação dos níveis de confiança, baseada nas variáveis que demoraram para cair ou caíram pouco, como a demanda interna. Ou nas variáveis que preveem melhora, como a Situação Futura dos Negócios", disse.

Na avaliação de Campelo, embora a tendência da indústria seja de reduzir a produção em um momento de aperto monetário, a impressão é de que haverá uma acomodação física e uma desaceleração lenta nos próximos meses. "O Indicador de Produção Prevista está caindo há três meses consecutivos, mas permanece em um patamar elevado, de 128,5 pontos em março, próximo de sua média histórica, de 125,1 pontos."

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São Paulo - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) não caiu de forma significativa no primeiro trimestre deste ano, apesar dos dois aumentos da taxa básica de juros (Selic) feitos pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em janeiro e em março deste ano. Segundo o coordenador de Sondagens Conjunturais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo, o índice costuma ceder quando a autoridade monetária promove um aperto.

Na avaliação dele, desta vez, a indústria dá indícios de que tem um estoque de confiança, motivado pela demanda do mercado interno. Apesar dessa confiança ter caído nos últimos meses, ela permanece em patamares historicamente elevados.

Em dezembro de 2010, o ICI atingiu 114,5 pontos e apresentou uma sequência de quedas: caiu para 112,8 pontos em janeiro, para 112,5 pontos em fevereiro e para 112,4 pontos em março. No mesmo período, o Índice da Situação Atual recuou de 116,2 pontos, em dezembro, para 113 pontos, em março.

Enquanto o Índice de Expectativas teve uma queda menor, de 112,8 pontos, em dezembro, para 111,7 pontos, em março. "Historicamente, a confiança cai quando há um aperto na política monetária, mas, até março, pelo menos no horizonte de curto prazo, as expectativas ainda são relativamente favoráveis", afirmou. Ele ressaltou, por exemplo, que o Índice de Expectativas está praticamente igual ao de abril de 2010 (110,5 pontos), enquanto o índice da Situação Atual estava em 120 pontos, em abril de 2010, e vem caindo desde então.

Campelo citou que o Nível de Demanda Interna está caindo há três meses consecutivos. Em dezembro, ele estava em 122,4 pontos. E agora, em março, ficou em 115,8 pontos. "Apesar dessa queda, a demanda interna continua elevada, acima de sua média histórica, de 107,1 pontos, embora inferior ao registrado nos melhores momentos econômicos de 2007 e 2008", afirmou. Outro indicador citado pelo coordenador foi o de Situação Futura dos Negócios, que avalia a visão dos empresários para os próximos seis meses. O indicador estava em 145,2 pontos, em dezembro, e está subindo há três meses consecutivos. Em março, chegou a 155,5 pontos.

"Em dezembro, os empresários previam um ambiente mais pessimista para o primeiro semestre. Mas agora, embora tenhamos um enfraquecimento da produção, temos a sustentação dos níveis de confiança, baseada nas variáveis que demoraram para cair ou caíram pouco, como a demanda interna. Ou nas variáveis que preveem melhora, como a Situação Futura dos Negócios", disse.

Na avaliação de Campelo, embora a tendência da indústria seja de reduzir a produção em um momento de aperto monetário, a impressão é de que haverá uma acomodação física e uma desaceleração lenta nos próximos meses. "O Indicador de Produção Prevista está caindo há três meses consecutivos, mas permanece em um patamar elevado, de 128,5 pontos em março, próximo de sua média histórica, de 125,1 pontos."

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