Brasil

Condenado por mensalão, Genoino pode voltar à Câmara

Genoino é um dos suplentes a ser beneficiado com a dança das cadeiras conduzida pelas urnas


	José Genoino, político do PT condenado no processo do mensalão: o ex-presidente do PT José Genoino deverá ser chamado pela Câmara para ocupar uma vaga de deputado a partir de janeiro
 (J. Freitas/Agência Brasil)

José Genoino, político do PT condenado no processo do mensalão: o ex-presidente do PT José Genoino deverá ser chamado pela Câmara para ocupar uma vaga de deputado a partir de janeiro (J. Freitas/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 16h21.

Brasília - Mesmo condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente do PT José Genoino (SP) deverá ser chamado pela Câmara para ocupar uma vaga de deputado a partir de janeiro. Genoino é um dos suplentes a ser beneficiado com a dança das cadeiras conduzida pelas urnas. No primeiro e segundo turnos, 25 deputados foram eleitos prefeitos e deixarão a Câmara para assumir seus mandatos, abrindo vagas nas bancadas. Cem deputados, considerando suplentes e titulares, se candidataram nestas eleições.

No PT, além de Genoino, o ex-deputado e ex-ministro Nilmário Miranda (MG) e outros três suplentes poderão assumir os mandatos. No saldo geral, o PT elegeu dois deputados: Gilmar Machado, prefeito de Uberlândia; e Carlinhos Almeida, prefeito de São José dos Campos. Mas a bancada será beneficiada com cinco suplentes, que ocuparão vagas deixadas por deputados de outros partidos.

O preenchimento de vagas na Câmara segue a ordem da lista dos deputados eleitos e suplentes da coligação e não de um único partido. O PT assumirá mandatos que eram exercidos por deputados do PMDB e do PSB. O quadro geral ainda não é considerado oficial pela Câmara, porque está sujeito à movimentação dos parlamentares. Deputados que exercem cargos de ministros ou de secretários estaduais ou municipais, por exemplo, podem reassumir os mandatos e alterar o cenário.


Segundo suplente da coligação do PT em São Paulo, Genoino perderá a chance de assumir, por exemplo, na eventualidade de o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), deixar a pasta e reassumir seu mandato de titular na Câmara. Atualmente, o PT tem 86 deputados, mas a bancada poderá somar 89 deputados, o saldo mais positivo desta mudança.

O PSB, um dos partidos que mais cresceu nesta eleição, será a legenda que mais perderá deputados. Seis deputados do partido foram eleitos, mas apenas um suplente da legenda assumirá. A bancada de 31 deputados poderá ser reduzida para 26. O PMDB perderá cinco deputados, mas terá quatro suplentes assumindo vagas pela legenda.

O único deputado do PTC, Edivaldo Holanda Júnior, foi eleito prefeito de São Luís (MA) e nenhum suplente do partido assumirá o mandato. A vaga deixada por ele deverá ser preenchida por um suplente do PDT. Também com um único deputado atualmente, a bancada do PMN receberá mais dois parlamentares, um do Rio de Janeiro e outro de Alagoas.

A bancada do PPS, com 19 deputados, será reforçada com mais dois que estavam na suplência de deputados eleitos por outros partidos coligados. O PDT, com 25 deputados, e o PSC, com 16, receberão mais um deputado cada, sem que tenham deputados eleitos para prefeituras. Em contrapartida, o PRB, com 10 deputados, e o PTB, com 20, perderão um deputado, sem nenhum suplente para assumir.

Outros partidos também elegeram seus deputados para as prefeituras, mas as bancadas ficarão do mesmo tamanho com a entrada do mesmo número de suplentes. PSDB, com quatro deputados, e o DEM, com dois. O PV, o PR e o PP elegeram um deputado prefeito, cada um, e terão um suplente do mesmo partido na bancada.

Acompanhe tudo sobre:MensalãoPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Desabamento e veículos arrastados: véspera de natal é marcada por chuvas em BH

Avião desaparece no AM e mãe de piloto faz apelo por buscas do filho nas redes sociais

STF mantém prisão de Daniel Silveira após audiência de custódia

Suspeitas de trabalho análogo à escravidão em construção de fábrica da BYD na Bahia