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Complexo do Alemão, no Rio, ganha sua quarta UPP

Esta é a quarta UPP instalada no conjunto de favelas, ocupado desde novembro de 2010 por militares da Força de Pacificação do Exército

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 21h01.

Rio de Janeiro - Dez anos após o jornalista Tim Lopes ter sido assassinado por traficantes na Favela da Grota-Pedra do Sapo, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, foi inaugurada nesta quarta-feira uma Unidade de Polícia Pacificadora ( UPP ) que vai atender cerca de 20 mil moradores da comunidade e do Morro do Alemão. Esta é a quarta UPP instalada no conjunto de favelas, ocupado desde novembro de 2010 por militares da Força de Pacificação do Exército.

Presente à inauguração, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), alfinetou os antecessores e adversários Anthony Garotinho (PR) e Rosinha Garotinho (PR). Foi o deputado federal quem divulgou fotos de Cabral em festas em Paris, ao lado de secretários estaduais e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish.

"Eu queria primeiro agradecer. Gratidão é o que temos que ter e sempre ressaltar. Ninguém faz nada sozinho, constrói ou reconstrói um Estado decadente como o Rio de Janeiro estava em janeiro de 2007, se não é pela parceria", discursou Cabral, acrescentando: "Eu me lembro que em 2007, houve um episódio da morte do menino João Hélio, morto arrastado por um carro dirigido por marginais. E nós, muito angustiados, chamamos o Ministério da Defesa e as Forças Armadas, que sentaram à mesa por orientação do presidente Lula. Mas havia claramente um ceticismo pela péssima experiência com o Rio de Janeiro anterior. Já em 2010, foi de prontidão o apoio. Nós entramos com as polícias Civil e Militar e as forças federais no Complexo do Alemão. Estamos construindo uma história. E para isso contamos com o apoio do Exército, que permaneceu aqui numa função que não é sua por natureza".


O Complexo do Alemão já conta com três UPPs: Fazendinha, Nova Brasília e Adeus/Baiana. A nova UPP terá efetivo de 320 policiais militares. No total, o Rio já possui 23 UPPs em funcionamento. Nos próximos dias, começa o processo para a implantação de mais quatro UPPs no Complexo da Penha, que continua ocupado pelo Exército. Tropas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão do Choque da Polícia Militar vão preparar a região para instalação das UPPs nas favelas Chatuba, Fé/Sereno, Parque Proletário e Vila Cruzeiro.

O convênio com as forças federais expira em 30 de junho. Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame disse que todas as UPPs dos complexos do Alemão e da Penha estarão implantadas dentro do prazo. "Entendo que a execução do calendário é importantíssima, porque passa legitimidade para as pessoas do cumprimento daquilo que a gente organizou", disse Beltrame, que garantiu o cumprimento do cronograma de implantação de 40 UPPs no Estado até 2014.

No próximo sábado, quando o assassinato de Tim Lopes completa dez anos, será feita uma homenagem a ele no Campo dos Sargentos, no Alemão. Alunos de uma escola estadual da região vão estender, às 6 horas, 3.650 lenços brancos num varal representando cada dia dos dez anos da morte do jornalista. Às 9 horas será realizado um culto ecumênico no local.

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Rio de Janeiro - Dez anos após o jornalista Tim Lopes ter sido assassinado por traficantes na Favela da Grota-Pedra do Sapo, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, foi inaugurada nesta quarta-feira uma Unidade de Polícia Pacificadora ( UPP ) que vai atender cerca de 20 mil moradores da comunidade e do Morro do Alemão. Esta é a quarta UPP instalada no conjunto de favelas, ocupado desde novembro de 2010 por militares da Força de Pacificação do Exército.

Presente à inauguração, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), alfinetou os antecessores e adversários Anthony Garotinho (PR) e Rosinha Garotinho (PR). Foi o deputado federal quem divulgou fotos de Cabral em festas em Paris, ao lado de secretários estaduais e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish.

"Eu queria primeiro agradecer. Gratidão é o que temos que ter e sempre ressaltar. Ninguém faz nada sozinho, constrói ou reconstrói um Estado decadente como o Rio de Janeiro estava em janeiro de 2007, se não é pela parceria", discursou Cabral, acrescentando: "Eu me lembro que em 2007, houve um episódio da morte do menino João Hélio, morto arrastado por um carro dirigido por marginais. E nós, muito angustiados, chamamos o Ministério da Defesa e as Forças Armadas, que sentaram à mesa por orientação do presidente Lula. Mas havia claramente um ceticismo pela péssima experiência com o Rio de Janeiro anterior. Já em 2010, foi de prontidão o apoio. Nós entramos com as polícias Civil e Militar e as forças federais no Complexo do Alemão. Estamos construindo uma história. E para isso contamos com o apoio do Exército, que permaneceu aqui numa função que não é sua por natureza".


O Complexo do Alemão já conta com três UPPs: Fazendinha, Nova Brasília e Adeus/Baiana. A nova UPP terá efetivo de 320 policiais militares. No total, o Rio já possui 23 UPPs em funcionamento. Nos próximos dias, começa o processo para a implantação de mais quatro UPPs no Complexo da Penha, que continua ocupado pelo Exército. Tropas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão do Choque da Polícia Militar vão preparar a região para instalação das UPPs nas favelas Chatuba, Fé/Sereno, Parque Proletário e Vila Cruzeiro.

O convênio com as forças federais expira em 30 de junho. Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame disse que todas as UPPs dos complexos do Alemão e da Penha estarão implantadas dentro do prazo. "Entendo que a execução do calendário é importantíssima, porque passa legitimidade para as pessoas do cumprimento daquilo que a gente organizou", disse Beltrame, que garantiu o cumprimento do cronograma de implantação de 40 UPPs no Estado até 2014.

No próximo sábado, quando o assassinato de Tim Lopes completa dez anos, será feita uma homenagem a ele no Campo dos Sargentos, no Alemão. Alunos de uma escola estadual da região vão estender, às 6 horas, 3.650 lenços brancos num varal representando cada dia dos dez anos da morte do jornalista. Às 9 horas será realizado um culto ecumênico no local.

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