Brasil

Comitês Copa-2014 e Rio-2016 confiam em plano de segurança

Ricardo Teixeira garantiu que haverá um "clima de normalidade" para a disputa do Mundial

Policiais patrulham rua durante operação na Vila Cruzeiro, cinco dias após atos criminosos (REUTERS)

Policiais patrulham rua durante operação na Vila Cruzeiro, cinco dias após atos criminosos (REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 22h05.

Rio de Janeiro - Os comitês organizadores da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 manifestaram nesta quinta-feira confiança no poder público do Rio de Janeiro para garantir a segurança dos eventos, apesar dos recentes episódios de violência na cidade.

O presidente do comitê organizador da Copa, Ricardo Teixeira, garantiu que haverá um "clima de normalidade" para a disputa do Mundial.

Provável palco da final da Copa no Brasil, o Rio teve o quinto dia seguido de violência nesta quinta-feira, com mais veículos incendiados e operações policiais em favelas, elevando para ao menos 30 o número de suspeitos mortos em confrontos.

"Ratifico a confiança no poder público e o reconhecimento ao esforço desenvolvido no Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de reduzir a violência urbana", disse Teixeira em nota divulgada no site da Copa de 2014.

Segundo ele, a sociedade carioca "reage firmemente aos incidentes provocados por criminosos, numa mostra de que a política de segurança conta com o apoio da opinião pública".

Teixeira assegurou que o Rio de Janeiro, que conta com o apoio de veículos blindados da Marinha na operação contra o crime organizado, "terá o clima de normalidade necessário" para a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.

O Rio de Janeiro sediará ainda a Olimpíada de 2016. Durante os Jogos Pan-Americanos de 2007 na cidade, o evento transcorreu sem incidentes de violência.

"O comitê Rio 2016 tem plena confiança na qualidade do projeto de segurança elaborado em parceria com os três níveis de governo e apresentado ao Comitê Olímpico Internacional", informou o comitê organizador dos Jogos em comunicado.

Autoridades da área de segurança do Rio consideram as ações violentas desta semana uma resposta à nova estratégia implementada na capital com as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), que provocaram a saída de chefes do tráfico de favelas onde esse tipo de policiamento foi instaurado. Acuado e forçado a deixar algumas áreas da cidade, o crime organizado estaria reagindo.

A implantação das UPPs em 15 das centenas de favelas espalhadas pela cidade é considerada o maior avanço na área de segurança pública da capital fluminense nos últimos anos, e a medida foi inclusive citada pelo Comitê Olímpico Internacional como um exemplo de que a cidade será segura para a Olimpíada de 2016.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCopa do MundoEsportesFutebolMetrópoles globaisOlimpíadasRio de Janeiro

Mais de Brasil

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula