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Comitê Rio 2016 busca recursos para evitar déficit, diz Paes

Empresas estatais estão sendo procuradas para ajudar o comitê em apoios e patrocínios, incluindo Correios, Apex e Embratur


	Olimpíada: empresas estatais estão sendo procuradas para ajudar o comitê em apoios e patrocínios, incluindo Correios, Apex e Embratur
 (Reuters/Ricardo Moraes)

Olimpíada: empresas estatais estão sendo procuradas para ajudar o comitê em apoios e patrocínios, incluindo Correios, Apex e Embratur (Reuters/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 14h13.

Rio de Janeiro - O Comitê Rio 2016 busca recursos de última hora para evitar um déficit nas contas da organização dos Jogos Olímpicos, após assumir custos de cerca de 600 milhões de reais que seriam do governo federal, disse nesta quinta-feira o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

Empresas estatais estão sendo procuradas para ajudar o comitê em apoios e patrocínios, incluindo Correios, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e Embratur.

Segundo o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, a ideia é usar a imagem dos Jogos em ações promocionais até o fim do ano.

A Petrobras já injetou recursos para conseguir a exploração da imagem dos seus atletas do Time Petrobras.

O prefeito afirmou que o governo federal tinha se comprometido em aportar recursos para os Jogos, mas foram inviabilizados com a mudança de governo - em maio Michel Temer assumiu a Presidência interinamente devido ao afastamento de Dilma Rousseff num processo de impeachment.

Segundo Paes, isso gerou um custo adicional ao Comitê Rio 2016 com Vila dos Atletas, infraestrutura no local, energia e outros gastos.

“O comitê está trabalhando para fechar no zero a zero”, disse Paes a jornalistas.

“O comitê pagou contas que não lhe pertenciam, algo de 600 milhões de reais que era uma conta do governo federal e, se o governo federal arrumar um patrocínio agora, vai arrumar menos que o comitê pagou. Há um espírito de economia”.

O Comitê Rio 2016 realiza esforços internos para cortar gastos e evitar o déficit ao fim dos Jogos, disse à Reuters uma fonte próxima à organização do evento no mês passado.

Além de já ter reduzido estruturas temporárias, custos operacionais e número de voluntários, o comitê trabalha no momento com um novo plano de desmobilização de pessoas após os Jogos.

Contatado nesta quinta-feira, o Rio 2016 não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a questão.

O orçamento dos Jogos Olímpicos é de cerca de 40 bilhões de reais, sendo a maior parte (24,6 bilhões de reais) para obras de infraestrutura.

Pouco mais de 7 bilhões de reais foram para a construção de arenas esportivas, e outros 7,5 bilhões de reais, de origem privada, são do comitê organizador Rio 2016.

Qualquer eventual déficit nas contas do comitê organizador terá que ser dividido entre Estado e município.

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