Comitê discute fechar acesso ao Porto do Rio nas Olimpíadas
Acesso já foi fechado durante o evento-teste, o que gerou prejuízos.
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2015 às 17h30.
Rio - Foi marcada para quarta-feira (6) uma reunião entre representantes da Associação dos Usuários dos Portos do Rio de Janeiro (Usuport-RJ) e o Comitê Organizador do Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, para discutir o fechamento do acesso ao Porto do Rio durante as regatas olímpicas, como ocorreu no evento-teste feito em agosto do ano passado na Baía de Guanabara.
A informação é do diretor-presidente da Usuport-RJ, André Seixas. Segundo ele, o fechamento da baía gerou prejuízos, tanto que o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro instaurou inquérito civil público para averiguar o caso. A preocupação agora é evitar mais prejuízos.
“Com as seis horas do evento-teste [o acesso ficou restrito das 11h as 17h por quase duas semanas] o Porto do Rio entra na CTI. De sete a oito horas de fechamento, respira por aparelho, em coma. Mais do que isso é a morte. Se o Porto do Rio ficar sem receber navios por dez a 15 dias, os prejuízos de todos os atores do porto chegam a US$ 100 milhões com facilidade. Esses atores são os usuários exportadores e importadores, terminais, a própria CDRJ [Companhia Docas do Rio de Janeiro, responsável pelo porto], armadores, transportadores, rebocadores,”disse.
Em reunião no MPF no início de abril para tratar do inquérito, a Usuport-RJ apresentou uma série de questões que precisam ser analisadas: se o fechamento de seis horas por dia, como ocorreu no evento-teste, serão o suficiente para os jogos; quantos dias de restrição serão necessários, considerando a montagem e desmontagem do aparato técnico; qual a solução oferecida pela CDRJ e Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) no caso de navios cancelarem escalas no Porto do Rio de Janeiro; e quem pagará os prejuízos dos terminais se os navios cancelarem escalas.
De acordo com Seixas, o planejamento não está sendo discutido com os usuários do porto. “Parecem perguntas básicas, mas, infelizmente, os players envolvidos nas operações portuárias, principalmente usuários, terminais e armadores, até agora, não sabem absolutamente nada sobre o que vem pela frente”.
Segundo a Antaq, a agência reguladora ainda não foi cientificada pelo Ministério Público Federal sobre o inquérito. O órgão ressalta que não está previsto o fechamento do porto, apenas uma “interrupção temporária do tráfego de embarcações na Baía de Guanabara”, com a movimentação e armazenagem de cargas ocorrendo normalmente durante os eventos olímpicos.
Quanto à possibilidade de cancelamento de escalas de navios, a Antaq avalia que o risco sempre existe, independente dos eventos, por motivos meteorológicos, comerciais ou de segurança. “Como o planejamento é previamente feito e divulgado pela Marinha, esse risco será mitigado ao máximo durante a execução do evento-teste e Jogos Olímpicos”.
De acordo com a Antaq, não foi verificado durante o evento-teste do ano passado nenhum cancelamento de escala no Porto do Rio, bem como atrasos na movimentação de cargas ou reclamações junto a Antaq.
Também citada no inquérito do MPF, a CDRJ foi procurada, mas não respondeu à reportagem.
Rio - Foi marcada para quarta-feira (6) uma reunião entre representantes da Associação dos Usuários dos Portos do Rio de Janeiro (Usuport-RJ) e o Comitê Organizador do Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, para discutir o fechamento do acesso ao Porto do Rio durante as regatas olímpicas, como ocorreu no evento-teste feito em agosto do ano passado na Baía de Guanabara.
A informação é do diretor-presidente da Usuport-RJ, André Seixas. Segundo ele, o fechamento da baía gerou prejuízos, tanto que o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro instaurou inquérito civil público para averiguar o caso. A preocupação agora é evitar mais prejuízos.
“Com as seis horas do evento-teste [o acesso ficou restrito das 11h as 17h por quase duas semanas] o Porto do Rio entra na CTI. De sete a oito horas de fechamento, respira por aparelho, em coma. Mais do que isso é a morte. Se o Porto do Rio ficar sem receber navios por dez a 15 dias, os prejuízos de todos os atores do porto chegam a US$ 100 milhões com facilidade. Esses atores são os usuários exportadores e importadores, terminais, a própria CDRJ [Companhia Docas do Rio de Janeiro, responsável pelo porto], armadores, transportadores, rebocadores,”disse.
Em reunião no MPF no início de abril para tratar do inquérito, a Usuport-RJ apresentou uma série de questões que precisam ser analisadas: se o fechamento de seis horas por dia, como ocorreu no evento-teste, serão o suficiente para os jogos; quantos dias de restrição serão necessários, considerando a montagem e desmontagem do aparato técnico; qual a solução oferecida pela CDRJ e Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) no caso de navios cancelarem escalas no Porto do Rio de Janeiro; e quem pagará os prejuízos dos terminais se os navios cancelarem escalas.
De acordo com Seixas, o planejamento não está sendo discutido com os usuários do porto. “Parecem perguntas básicas, mas, infelizmente, os players envolvidos nas operações portuárias, principalmente usuários, terminais e armadores, até agora, não sabem absolutamente nada sobre o que vem pela frente”.
Segundo a Antaq, a agência reguladora ainda não foi cientificada pelo Ministério Público Federal sobre o inquérito. O órgão ressalta que não está previsto o fechamento do porto, apenas uma “interrupção temporária do tráfego de embarcações na Baía de Guanabara”, com a movimentação e armazenagem de cargas ocorrendo normalmente durante os eventos olímpicos.
Quanto à possibilidade de cancelamento de escalas de navios, a Antaq avalia que o risco sempre existe, independente dos eventos, por motivos meteorológicos, comerciais ou de segurança. “Como o planejamento é previamente feito e divulgado pela Marinha, esse risco será mitigado ao máximo durante a execução do evento-teste e Jogos Olímpicos”.
De acordo com a Antaq, não foi verificado durante o evento-teste do ano passado nenhum cancelamento de escala no Porto do Rio, bem como atrasos na movimentação de cargas ou reclamações junto a Antaq.
Também citada no inquérito do MPF, a CDRJ foi procurada, mas não respondeu à reportagem.