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Comércio quer barrar novo eixo de tráfego na zona sul

Projeto de lei autoriza alargamentos e desapropriações em 66 ruas e avenidas da cidade para construção de corredores de ônibus


	Ônibus em terminal de São Paulo: reforma é necessária para a construção de 150 km de corredores de ônibus até 2016 - principal bandeira do governo petista
 (AGLIBERTO LIMA/VEJA SÃO PAULO)

Ônibus em terminal de São Paulo: reforma é necessária para a construção de 150 km de corredores de ônibus até 2016 - principal bandeira do governo petista (AGLIBERTO LIMA/VEJA SÃO PAULO)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 22h27.

São Paulo - Sob pressão de comerciantes e dos cinco vereadores mais votados de São Paulo, a base do prefeito Fernando Haddad (PT) recuou e desistiu de votar antes do carnaval, em primeira discussão, o projeto de lei que autoriza alargamentos e desapropriações em 66 ruas e avenidas da cidade. A reforma é necessária para a construção de 150 km de corredores de ônibus até 2016 - principal bandeira do governo petista.

As bancadas governistas do PTB e do PMDB (que somam 7 dos 55 vereadores) se rebelaram contra a votação. O mesmo ocorre com os líderes de votos para a Câmara Roberto Trípoli (PV), Andrea Matarazzo (PSDB), Goulart (PSD), Milton Leite (DEM) e Coronel Telhada (PSDB). Ao todo a proposta autoriza a desapropriação de 7 mil imóveis. A pressão contra o projeto também uniu comerciantes influentes da zona sul que lotaram a Câmara.

O líder de governo Arselino Tatto (PT) terá um encontro nesta quinta-feira, 27, com uma comissão de comerciantes da zona sul. A principal resistência é na Avenida Nossa Senhora de Sabará, onde 484 imóveis devem ser removidos. Pela manhã, o prefeito Haddad alegou que o projeto não vai resultar em desapropriações. "É um projeto preventivo para que as novas edificações respeitem um recuo maior (de 200 metros em relação aos corredores)", afirmou.

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