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Começa exumação que vai esclarecer causa da morte de Jango

A exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart para determinar se foi assassinado por envenenamento começou nesta quarta


	João Goulart, ex-presidente do Brasil: ex-presidente foi derrubado pelo golpe militar de 1964 e morreu supostamente de ataque cardíaco em 1976
 (Dick DeMarsico/Wikimedia Commons)

João Goulart, ex-presidente do Brasil: ex-presidente foi derrubado pelo golpe militar de 1964 e morreu supostamente de ataque cardíaco em 1976 (Dick DeMarsico/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 21h37.

Rio de Janeiro - A exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart para determinar se foi assassinado por envenenamento começou nesta quarta-feira no cemitério municipal de São Borja (RS).

O ex-presidente, conhecido popularmente como Jango e considerado um líder progressista simpatizante da esquerda, foi derrubado pelo golpe militar de 1964 e morreu supostamente de ataque cardíaco em 1976 em um hotel da cidade de Mercedes, na Argentina, onde estava exilado.

"As técnicas modernas podem revelar resultados e gerar conclusões, mas deixemos que os especialistas trabalhem e tomara que consigam mostrar a verdade", afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O objetivo é determinar se Goulart foi envenenado como parte do plano coordenado de eliminação de opositores desenvolvido pelos regimes militares do Cone Sul nos anos 70 e 80, conhecido como Operação Condor.

Segundo Cardozo, caso a hipótese de envenenamento seja comprovada, o governo avaliará as medidas que terá que adotar.

"A exumação é um momento crucial e simbolicamente muito importante para o povo brasileiro", afirmou Cardozo, testemunha do início dos trabalhos dos peritos junto com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário Nunes, e familiares de Goulart.

Os restos mortais serão levados amanhã a Brasília, onde serão realizados os exames legais. Na capital, eles serão recebidos com honras de chefe de Estado pela presidente Dilma Rousseff.

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