Brasil

Comando da PM-RJ exonera comandante do 9º Batalhão

A exoneração ocorre depois da divulgação de um vídeo que mostra um adolescente sendo morto por tiros disparados durante uma operação


	Viatura da Polícia Militar do Rio: na ação, policiais atingiram Alan de Souza Lima, de 15 anos, que acabou morto
 (Tânia Rêgo/ABr)

Viatura da Polícia Militar do Rio: na ação, policiais atingiram Alan de Souza Lima, de 15 anos, que acabou morto (Tânia Rêgo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 11h30.

Rio de Janeiro - O comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro exonerou ontem o comandante do 9º Batalhão, tenente coronel Luiz Garcia Baptista, um dia depois da divulgação de um vídeo que mostra um adolescente sendo morto por tiros disparados durante uma operação na Favela da Palmeirinha, em Honório Gurgel, zona norte.

O batalhão é responsável pela região onde está situada a comunidade. Antes de ser exonerado do cargo, o comandante havia afastado nove homens que teriam participado da operação de suas funções de patrulhamento.

Na ação, ocorrida na sexta-feira da semana passada, policiais atingiram Alan de Souza Lima, de 15 anos, que acabou morto, e um amigo dele, o vendedor de mate Chauan Jambre Cesário, de 19 anos, que ficou ferido no peito, mas passa bem.

Nas imagens, é possível ver que o adolescente não estava armado.

Mesmo assim, os policiais registraram o caso na 29ª DP (Madureira) como auto de resistência e apresentaram uma pistola e um revólver na delegacia.

Como é possível ver nas imagens, não havia energia elétrica na comunidade e quatro amigos, dentre os quais estavam Lima e Cesário, estavam conversando no portão da casa de um deles quando começaram os disparos.

A gravação mostra o grupo fazendo brincadeiras até que começa o tiroteio. Embora o celular tenha caído, continuou gravando e registrou uma conversa em que policiais militares questionam as vítimas sobre a razão pela qual estavam correndo.

Após a divulgação do vídeo, a Corregedoria da Polícia Militar apreendeu as armas dos policiais que participaram da ação. Na versão da polícia, os jovens seriam suspeitos de integrar a quadrilha que controla o tráfico de drogas na comunidade, e estariam portando armas.

Cesário chegou a ser detido, acusado de porte ilegal de arma, mas foi colocado em liberdade na segunda-feira, após seu advogado entrar na Justiça com um pedido de relaxamento da prisão, que foi acatado.

Acompanhe tudo sobre:Estado do RioPolícia MilitarViolência policial

Mais de Brasil

Lira convoca reunião de líderes para debater composição da mesa diretora da Câmara em 2025

Tarifa de ônibus em SP deve ficar entre R$ 5 e R$ 5,20

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial