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Com pedido de aumento de salários, garis começam greve no Rio

Segundo o representante dos funcionários nas negociações com a companhia, a categoria, que tem cerca de 20 mil trabalhadores, pede 10% de aumento

Garis: após decisão em assembleia, de entrar em greve hoje (22), os funcionários da Comlurb iniciaram paralisação (Comlurb/Divulgação)

Garis: após decisão em assembleia, de entrar em greve hoje (22), os funcionários da Comlurb iniciaram paralisação (Comlurb/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de abril de 2019 às 11h52.

Após decisão em assembleia, na quinta-feira (18), de entrar em greve hoje (22), os funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) iniciaram paralisação.

Segundo o representante dos funcionários nas negociações com a companhia, Bruno da Rosa, a categoria, que tem cerca de 20 mil trabalhadores, pede 10% de aumento. "Somos uma categoria tão importante pra cidade e o prefeito apresentou proposta de 3,73% de aumento, enquanto outras empresas ganharam de 6% a 13%. A justificativa do prefeito é que não tem dinheiro pra pagar os trabalhadores".

Os trabalhadores pedem também que o auxílio creche seja pago para os homens, implantação imediata do novo Plano de Cargos e Salários, extensão do adicional de coleta para todos que realizam este trabalho, inclusão de vigias e agentes de preparo de alimentos no adicional de insalubridade, aumento no tíquete alimentação, entre outros pleitos.

"A gente vem lutando desde 2014 pra atualização do Plano de Cargos e Salários, a prefeitura apresentou cinco datas e não cumpriu nenhuma delas, este ano classificou uma porção muito pequena da categoria", diz Bruno.

Comlurb

Em nota, a Comlurb informou que vai garantir a prestação dos serviços de limpeza urbana, mesmo com a greve. Segundo a companhia, o desembargador do Trabalho, Angelo Galvão Zamorano, determinou que o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio) mantenha um contingente mínimo de 60% do efetivo, o que equivale a cerca de 9 mil garis.

Devem ser garantidos "os serviços indispensáveis à segurança da população, notadamente no que diz respeito à coleta domiciliar, limpezas hospitalar, dos logradouros, de desentupimento de ralos e bueiros, limpezas de encostas e preparo de alimentos nas escolas municipais", segundo a Comlurb.

A decisão também indica que o sindicato "se abstenha de impedir que os trabalhadores que queiram sair com os caminhões de coleta de lixo possam fazê-lo sem ser intimados por piquetes de grevistas". A multa prevista em caso de descumprimento da ordem judicial é R$ 60 mil por dia.

Nas negociações, a Comlurb propôs reajuste pelo índice de inflação, de 3,73%, inclusive no tíquete refeição/alimentação, que chegará a R$ 736,48 por mês. Também foi oferecida a concessão de insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos de escolas municipais e a conclusão da implantação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), que já beneficiou mais de 3.000 empregados, segundo a companhia.

"A Companhia mantém entendimento com a direção do sindicato, com o objetivo de mostrar que a nova proposta contempla importantes reivindicações, e que o pacote de benefícios da Companhia é o melhor da categoria, para fechar um acordo definitivo com o ohjetivo de evitar a paralisação dos garis", diz a nota.

Está marcada para o fim da manhã de hoje uma nova rodada de negociação e o Sindicato deve convocar uma assembleia da categoria para o fim da tarde. Segundo Bruno, a ordem judicial está sendo cumprida e 60% da categoria está trabalhando.

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