Marina Silva: pesquisas já mostravam Marina Silva como mais viável, com maior potencial de votos, que o próprio Eduardo Campos (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 15h04.
São Paulo - Se Marina Silva, candidata a vice-presidência na chapa do PSB, vier a assumir o lugar de Eduardo Campos na disputa, Aécio Neves é o principal afetado na corrida eleitoral, na avaliação do cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas, Marco Antonio Carvalho Teixeira.
"Ela consegue agregar eleitores que tendiam a Aécio apenas no segundo turno e que, agora, podem fazer a opção pela ex-senadora já no primeiro turno", avaliou Teixeira.
O especialista avalia ainda que a morte de Campos vai impor uma discussão interna no PSB. Ele destaca que o ex-governador de Pernambuco havia construído uma coalização muito ampla sustentada principalmente em torno do seu nome. "Ao mesmo tempo, (o PSB) não tem outro nome que não seja o da própria vice (Marina Silva", disse Teixeira.
O cientista político ressalta que ela chegou ao PSB por fatores conjunturais, depois de ter a criação do seu partido, a Rede Sustentabilidade, negada em outubro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo Teixeira, algumas alas do PSB podem defender que o partido abra mão de lançar candidatura própria ao Palácio do Planalto, mas que isso não deve ser a decisão do cúpula da legenda.
Teixeira destaca que pesquisas já mostravam Marina Silva como mais viável, com maior potencial de votos, que o próprio Eduardo Campos. Segundo o cientista político, ela tem perfil de quem veio do governo e aglutina também uma perspectiva oposicionista, podendo tirar votos tanto de Dilma Rousseff (PT) como de Aécio Neves (PSDB).