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Com dificuldades em PEC, Temer desiste de ir ao Congresso

A ideia do presidente provisório Michel Temer de transformar a entrega da PEC que limita o crescimento dos gastos do governo já foi abandonada

Michel Temer: dificuldades estão, principalmente, em encontrar um texto que seja viável do ponto de vista econômico, mas que também contemple o lado político (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 23h58.

A ideia do presidente em exercício, Michel Temer , de transformar a entrega da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o crescimento dos gastos do governo em um ato simbólico de sua gestão - tanto de afago aos parlamentares como ao mercado pela demonstração de ímpeto na austeridade - já foi abandonada.

Interlocutores de Temer confirmaram que ele não vai mais nesta quarta-feira (15) pessoalmente no Congresso e que durante a reunião agendada com líderes da base, às 10 horas, pretende fazer a apresentação do texto.

As dificuldades em torno da PEC dos gastos estão, principalmente, em encontrar um texto que seja viável do ponto de vista econômico, mas que também contemple o lado político. Temer tem usado a equipe econômica comandada por Henrique Meirelles como sua principal fiadora.

Do lado político, o presidente em exercício sabe que tem que costurar acordos. O presidente do Senado, Renan Calheiros, que esteve no Planalto mais cedo para conversar com Temer, por exemplo, declarou ser publicamente contra a apreciação da PEC agora.

"Medidas que poderão aprofundar o ajuste neste momento não são recomendáveis, porque estamos vivendo uma transitoriedade e talvez seja o caso de aguardarmos o julgamento final (do impeachment de Dilma Rousseff)", disse.

Muitas das propostas apresentadas pela equipe econômica - como o fim do abono salarial e o uso do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar despesas da Previdência dos trabalhadores da iniciativa privada e dos servidores públicos - já foram excluídas, mas o governo ainda trabalha em cima do texto para ter uma versão final amanhã cedo que convença os parlamentares a serem receptivos ao apelo do governo em exercício.

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Interlocutores de Temer confirmaram que ele não vai mais nesta quarta-feira (15) pessoalmente no Congresso e que durante a reunião agendada com líderes da base, às 10 horas, pretende fazer a apresentação do texto.

As dificuldades em torno da PEC dos gastos estão, principalmente, em encontrar um texto que seja viável do ponto de vista econômico, mas que também contemple o lado político. Temer tem usado a equipe econômica comandada por Henrique Meirelles como sua principal fiadora.

Do lado político, o presidente em exercício sabe que tem que costurar acordos. O presidente do Senado, Renan Calheiros, que esteve no Planalto mais cedo para conversar com Temer, por exemplo, declarou ser publicamente contra a apreciação da PEC agora.

"Medidas que poderão aprofundar o ajuste neste momento não são recomendáveis, porque estamos vivendo uma transitoriedade e talvez seja o caso de aguardarmos o julgamento final (do impeachment de Dilma Rousseff)", disse.

Muitas das propostas apresentadas pela equipe econômica - como o fim do abono salarial e o uso do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar despesas da Previdência dos trabalhadores da iniciativa privada e dos servidores públicos - já foram excluídas, mas o governo ainda trabalha em cima do texto para ter uma versão final amanhã cedo que convença os parlamentares a serem receptivos ao apelo do governo em exercício.

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