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Com a denúncia na gaveta, Temer tenta vida nova

No Planalto, a ordem é sacudir a poeira e seguir com a agenda de reformas

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Temer: o placar foi comemorado pelo Planalto, mas falta muito para aprovar a Previdência (Adriano Machado/Reuters)

Temer: o placar foi comemorado pelo Planalto, mas falta muito para aprovar a Previdência (Adriano Machado/Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 3 de agosto de 2017 às, 06h54.

Última atualização em 3 de agosto de 2017 às, 07h51.

Com o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer, a ordem no Planalto é sacudir a poeira e seguir com a agenda de reformas. O governo pretende encampar o discurso de “estabilidade” ao país e forçar o esquecimento sobre a mala de 500.000 reais recebida por Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O assunto só será tratado novamente com o fim da imunidade presidencial, a partir de 2019. A Procuradoria-Geral da República fez seu estoque de bambu e deve disparar novas flechas contra o Planalto, mas o placar de 263 a 227 conquistado ontem na Câmara dá fôlego ao presidente para falar novamente em aprovar Propostas de Emenda Constitucional, base das reformas.

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Em discurso na noite de ontem, Temer disse que a vitória não foi uma conquista pessoal, e que “é preciso colocar o país nos trilhos do crescimento, da modernização e da Justiça”. A Justiça que interessa a ele e a seus aliados, claro. Para se salvar, Michel Temer fez o que faz de melhor: aproveitar as habilidades de “convencer” parlamentares com isenções fiscais, liberação de verbas e benesses do Estado. Pacificou o centrão e contou com os votos do baixo clero. Cálculos do jornal Valor mostram que o pacote de bondades do governo chegou a 11,3 bilhões de reais, uma conta que vai ficar para o bolso do contribuinte.

Para as reformas, volta ao holofote a participação do PSDB. Nada menos que 21 deputados do partido votaram pelo prosseguimento da denúncia contra Temer, mas os tucanos prometem há tempos apoiar as reformas. Enquanto isso, mantém quatro ministérios. Caso os 46 deputados voltem a agir em bloco, a base aliada fica mais perto dos votos para aprovar PECs. Alguns dissidentes do DEM também podem compor novamente com o governo, deixando os números muito próximos dos 308 votos que se precisa para passar as propostas.

Nos bastidores, haverá uma disputa pelo título de capitão das reformas. Além do PSDB, Temer vai rivalizar com Rodrigo Maia (DEM). Em evento recente em São Paulo, o presidente da Câmara falou em renovação do partido e compromisso com a economia. Ontem, Maia reconheceu que a vitória foi uma boa notícia para o governo, mas que os 260 votos conquistados estão longe de ser suficientes para aprovar a Previdência, que demanda 308 votos. “A gente precisa do PSDB junto com o governo”, disse à Globonews.

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