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Collor confirma pré-candidatura à Presidência da República

O ex-presidente citou o que considerou um "portfólio" de realizações "incontestáveis" e defendeu que o país precisa de estabilidade institucional

Collor: "O que importa agora é olhar adiante" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Collor: "O que importa agora é olhar adiante" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 16h06.

Brasília - Um dos primeiros a discursar no retorno dos trabalhos no Congresso, o senador Fernando Collor (PTC-AL) confirmou nesta terça-feira sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em pronunciamento na tribuna do Senado.

O ex-presidente da República - Collor governou o país entre 1990 e 1992 - citou o que considerou um "portfólio" de realizações "incontestáveis" e defendeu que o país precisa de estabilidade institucional, de previsibilidade na economia e de segurança jurídica.

"O que importa agora é olhar adiante... passadas quase três décadas daquela eleição de 1989, o Brasil continua sendo uma obra gigantesca, uma obra que pede tempo de maturação social, clama por estabilidade institucional e que suplica por determinação política", disse o senador, da tribuna.

"Requer ainda, no plano econômico, mais credibilidade, mais previsibilidade, e mais segurança jurídica. Por tudo isso, submeto ao julgamento isento, maduro e democrático da população brasileira minha pré-candidatura à Presidência da República."

Collor afirmou ainda que tem a convicção de qual é o melhor rumo para o país, que segundo ele, passa por um ambiente de "extremismos", "bravatas" e "radicalismos".

O ex-presidente já havia falado da sua pré-candidatura no fim de janeiro, em entrevista à rádio 96 FM, de Arapiraca, no interior de Alagoas. Na ocasião, o senador afirmou que se colocaria como pré-candidato para preencher um "vazio" no centro do espectro político do país, mas que a candidatura é uma possibilidade que precisará ser ou não confirmada no futuro.

Collor foi eleito presidente em 1989, na primeira eleição presidencial direta desde 1960, mas sofreu um processo de impeachment em 1992 que o tirou do cargo em meio a um escândalo de corrupção envolvendo o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, morto anos depois.

Posteriormente, Collor foi absolvido em processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirma ter sido injustiçado no processo de impeachment.

O senador, que também já foi governador de Alagoas, é réu no STF em uma ação penal ligada à operação Lava Jato, acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Collor afirmou que, como ocorreu no passado, terá a oportunidade de provar sua inocência.

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