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Colaborador da Funai é assassinado em região remota da Amazônia

Maxciel Pereira dos Santos trabalhava no Vale do Javari, local que abriga a maior concentração de tribos indígenas não contactadas do mundo

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Indígenas: colaborador da Funai Maxciel Pereira dos Santos foi assassinado a tiros (Andre Coelho/Reuters)

Indígenas: colaborador da Funai Maxciel Pereira dos Santos foi assassinado a tiros (Andre Coelho/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de setembro de 2019, 10h09.

São Paulo — O indigenista Maxciel Pereira dos Santos foi assassinado na frente de seus familiares na cidade de Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, informou no domingo a Indigenistas Associados (INA), associação de servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Colaborador e ex-servidor da Funai, Santos foi "assassinado a sangue frio" diante de sua família em uma rua movimentada de Tabatinga, que fica próxima da fronteira da Amazônia brasileira com a Colômbia e o Peru.

Em nota, a INA mencionou evidências de que o assassinato ocorrera em represália ao papel de Santos no combate a invasões ilegais por caçadores, madeireiros e mineradores na reserva do Vale do Javari, local que abriga a maior concentração de tribos indígenas não contactadas do mundo.

Santos atuava há mais de 12 anos junto à Funai, sendo cinco deles como chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial do Vale do Javari, disse a INA.

A Funai tem três sedes na região para proteger a reserva, que abriga cerca de 6 mil pessoas de oito tribos indígenas e cerca de 16 tribos não contactadas.

A INA expressou preocupação com a investigação do caso e punição dos responsáveis, pedindo que as autoridades demonstrem que o Brasil "já não compactua com a violência contra os que, na forma da lei, se dedicam à proteção e promoção dos direitos indígenas".

A associação também pediu que as autoridades protejam agentes que seguem atuando na proteção de terras indígenas e na promoção dos direitos dos povos nativos.

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