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CNC quer cassar mandato de Orlando Diniz na Fecomércio

O presidente da entidade trava uma briga política com Antonio Oliveira Santos, presidente da Confederação Nacional do Comércio


	Orlando Diniz já havia sido afastado anteriormente de seu cargo por suspeita de irregularidades
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Orlando Diniz já havia sido afastado anteriormente de seu cargo por suspeita de irregularidades (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Rio de Janeiro - A diretoria da Confederação Nacional do Comércio (CNC) vai propor a cassação do mandato do presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, na diretoria da entidade. A medida ainda deverá passar por aprovação do Conselho de Representantes, órgão máximo da CNC, em reunião extraordinária ainda sem data marcada.

Segundo nota da Confederação, a decisão da diretoria foi unânime entre os 29 participantes de reunião realizada anteontem. Ao todo são 35 diretores, dentre os quais Diniz. A proposta surgiu um dia após a Justiça do Rio ter liberado a volta do presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, ao comando do conselho nacional do Sesc e do Senac. O executivo estava afastado dos cargos por conta de uma liminar concedida em uma ação movida por Diniz desde a semana passada.

No processo, que segue em curso, o presidente da Fecomércio-RJ pede a perda do mandato de Santos e a ineficácia de todos os atos realizados por ele nos conselhos desde 2004. O argumento é que as contas de Sesc e Senac apresentadas por ele para o ano 2000 foram rejeitadas pelo TCU. Já a defesa de Santos alega que o tribunal detectou irregularidades em contas que representavam 0,49% das despesas do exercício e que ele não desrespeitou as regras do sistema S.

Ontem (24) circulou na grande imprensa um manifesto de solidariedade a Santos, assinado por diretores da CNC e pelos presidentes de 23 federações regionais filiadas à entidade. O texto rechaça a ação judicial movida por Diniz e as "graves ofensas" ao dirigente, que está à frente da CNC há 30 anos.

"A tentiva de cassar o mandato (de Diniz) é uma clara retaliação à ação judicial proposta contra Santos. É uma medida ditatorial e se necessário vamos à Justiça", rebate o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Diniz.

Este é mais um capítulo da briga política e judicial travada entre Santos e Diniz. Em janeiro de 2012, o Conselho Nacional do Sesc, presidido por Santos, decretou a intervenção por 120 dias na cúpula do Sesc-RJ. Diniz foi afastado do comando por suspeita de irregularidades, mas conseguiu aval da Justiça para retornar em julho.

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