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Clientes de José Dirceu dizem buscar negócios fora do Brasil

Entre 2006 e 2013, a JD declarou à Receita faturamento de R$ 29,3 milhões


	José Dirceu: a Ambev confirma que contou com os serviços da JD para assessorá-la em operações na Venezuela
 (Wilson Dias/ABr)

José Dirceu: a Ambev confirma que contou com os serviços da JD para assessorá-la em operações na Venezuela (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 08h57.

Curitiba - A exemplo da Engevix, que diz ter contratado a empresa do ex-ministro José Dirceu para fazer "lobby internacional", outros clientes da JD Consultoria alegam ter buscado os serviços com vistas à ampliação de negócios fora do país.

Entre 2006 e 2013, a JD declarou à Receita faturamento de R$ 29,3 milhões.

Empresa cujos pagamentos declarados somaram o maior valor na lista entregue à Lava Jato (R$ 7,8 milhões), a farmacêutica EMS disse em nota que a prestação de serviços durou quase cinco anos e teve a "finalidade de internacionalização da empresa e a prospecção, expansão e diversificação dos negócios do grupo em outros países".

Segundo a EMS, que afirma ter notas e contratos dos serviços, não houve nenhuma irregularidade nos acordos.

Suspeita de integrar o cartel que atuou na Petrobras, a OAS pagou R$ 2,9 milhões à JD de 2007 e 2013. A empreiteira diz que "todos os contratos obedecem à legislação" e vai aguardar o fim das investigações para se manifestar.

A Monte Cristalina "esclarece que contratou a JD como um dos suportes para suas decisões de investimentos". A empresa, que repassou R$ 1,6 milhão à firma de Dirceu, afirma que os valores cobrados sempre "estiveram em linha" com os praticados no mercado".

A Ambev confirma que contou com os serviços da JD para assessorá-la em operações na Venezuela, "país cujo ambiente político era sua especialidade". 

"Na ocasião, o país vivia um clima de incertezas para empresas instaladas em seu território, tendo havido em vários setores fechamento de plantas", argumenta a Ambev, que pagou R$ 1,5 milhão.

A reportagem não conseguiu contato com o advogado Alberto Toron, que defende a UTC, responsável por R$ 2,3 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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