Classes D e E já representam mais de metade da população brasileira, aponta estudo
Segundo levantamento da Tendências Consultoria, país vai terminar 2022 mais pobre do que era há uma década
Família em estado de probreza: Classes D e E crescem no país (Cristiano Mariz/Getty Images)
15 de outubro de 2022, 12h39
Para não perder o emprego em 2019, o agora economista Lucas Matos, de 31 anos, aceitou uma redução salarial de 50% — então de R$ 2,4 mil — na empresa em que trabalha, prestando serviços ao governo federal. Em 2020, sua família sofreu com a perda do pai por Covid-19 e, além da tristeza, viu a renda diminuir ainda mais, fazendo com que eles migrassem de classe social.
— Foi bem difícil ajustar os gastos em casa. Os primeiros cortes foram os itens supérfluos, a pizza e o hambúrguer do fim de semana, a saída com os amigos. Mas nas compras do mês também precisamos pensar no que levaríamos e o que deixaríamos para o próximo. Os reajustes dos preços não param de acontecer — conta o morador de Taguatinga, no Distrito Federal.
A situação da família do economista é um retrato do Brasil, que vai terminar 2022 mais pobre do que há uma década. Um levantamento da Tendências Consultoria aponta que as classes D/E, com rendimentos familiares mensais de até R$ 3,1 mil, representam 55,4% da população. Há dez anos, esse grupo somava 48,7%.
— Como a classe média é muito dependente do rendimento do trabalho, a conjuntura econômica do Brasil na última década acabou jogando os mais vulneráveis deste grupo para a camada mais pobre da população — explica o economista Lucas Assis, analista da Tendências e especializado em mercado de trabalho e estudos regionais de classes.
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