Civita: Gestão pública, reformas e educação devem ser as prioridades
Vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Giancarlo Civita, participou da abertura do EXAME Fórum, em São Paulo
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2011 às 18h16.
São Paulo – O desafio mais importante e urgente do Brasil é aumentar o grau de competitividade diante do restante do mundo.
A afirmação foi feita pelo vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Giancarlo Civita, nesta sexta-feira, na abertura da 3ª edição do EXAME Fórum – A Construção de um Brasil Competitivo, que está sendo realizado no Centro Fecomercio de Eventos, em São Paulo.
O Fórum tem a participação da presidente Dilma Rousseff, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do ministro da Educação, Fernando Haddad, além de vários empresários e economistas.
“A História nos mostra que as nações que de fato fazem diferença no jogo global jamais se conformaram com eventual benção natural ou com as circunstâncias ligadas à sorte. Elas decidiram ser competitivas, e suas sociedades e seus governos trabalharam com determinação e coragem para chegar aonde chegaram”, diz Civita.
O executivo destacou que o Brasil tem alimento, energia, água e minério para oferecer a um mundo ávido por commodities. “Além disso, nosso mercado consumidor é invejável e impulsionado por um processo de mobilidade social poucas vezes visto antes no mundo.”
Civita salientou que o PIB de São Paulo equivale ao PIB da Colômbia e o PIB do Rio de Janeiro é do tamanho de Cingapura, e disse que as perspectivas do Brasil são favoráveis. “Vivemos atualmente um período de invejável bônus demográfico. Enquanto a maior parte dos países desenvolvidos se debate com o envelhecimento de sua população e com os inevitáveis custos que esse processo acarreta, em 2020 mais de 70% dos brasileiros terão entre 15 e 64 anos de idade e estarão economicamente ativos. Não há dúvidas de que o nosso potencial é fantástico.”
Em sua palestra, o vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril afirmou que "ninguém parece ser capaz de segurar o Brasil, exceto, talvez, nós mesmos".
"Somos um país que escolheu a complexidade em vez da simplicidade. Temos uma das mais vorazes, complexas e injustas cargas tributárias do mundo. Aceitamos conviver com um grau insano de burocracia que suga tempo e dinheiro de empresas e cidadãos. Temos uma legislação trabalhista que pune quem vive dentro da legalidade.”
O executivo listou as três prioridades para o Brasil se tornar uma nação competitiva:
1Reformas: realizar as reformas trabalhista, tributária e previdenciária que são indispensáveis para o Brasil. "A fase de relativa prosperidade no Brasil não é uma boa razão para não reformar o que já não funciona e o que apenas atrapalha", diz Civita.
2Gestão pública: a melhoria da gestão pública precisa ser uma prioridade dos políticos e da sociedade. "Estamos vendo recursos públicos sendo desperdiçados pela inépcia ou pela corrupção", diz Civita.
3Educação: a qualidade da educação precisa deixar de ser uma prioridade apenas nos discursos. "É preciso tirar o Brasil de uma situação de quase indigência nessa área", diz Civita.
"O momento é de ação e a cobrança faz parte de nossas responsabilidades. O Brasil tem pressa, e o mundo e os nossos competidores não vão esperar por nós. Mãos à obra", concluiu Giancarlo Civita.
São Paulo – O desafio mais importante e urgente do Brasil é aumentar o grau de competitividade diante do restante do mundo.
A afirmação foi feita pelo vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Giancarlo Civita, nesta sexta-feira, na abertura da 3ª edição do EXAME Fórum – A Construção de um Brasil Competitivo, que está sendo realizado no Centro Fecomercio de Eventos, em São Paulo.
O Fórum tem a participação da presidente Dilma Rousseff, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do ministro da Educação, Fernando Haddad, além de vários empresários e economistas.
“A História nos mostra que as nações que de fato fazem diferença no jogo global jamais se conformaram com eventual benção natural ou com as circunstâncias ligadas à sorte. Elas decidiram ser competitivas, e suas sociedades e seus governos trabalharam com determinação e coragem para chegar aonde chegaram”, diz Civita.
O executivo destacou que o Brasil tem alimento, energia, água e minério para oferecer a um mundo ávido por commodities. “Além disso, nosso mercado consumidor é invejável e impulsionado por um processo de mobilidade social poucas vezes visto antes no mundo.”
Civita salientou que o PIB de São Paulo equivale ao PIB da Colômbia e o PIB do Rio de Janeiro é do tamanho de Cingapura, e disse que as perspectivas do Brasil são favoráveis. “Vivemos atualmente um período de invejável bônus demográfico. Enquanto a maior parte dos países desenvolvidos se debate com o envelhecimento de sua população e com os inevitáveis custos que esse processo acarreta, em 2020 mais de 70% dos brasileiros terão entre 15 e 64 anos de idade e estarão economicamente ativos. Não há dúvidas de que o nosso potencial é fantástico.”
Em sua palestra, o vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril afirmou que "ninguém parece ser capaz de segurar o Brasil, exceto, talvez, nós mesmos".
"Somos um país que escolheu a complexidade em vez da simplicidade. Temos uma das mais vorazes, complexas e injustas cargas tributárias do mundo. Aceitamos conviver com um grau insano de burocracia que suga tempo e dinheiro de empresas e cidadãos. Temos uma legislação trabalhista que pune quem vive dentro da legalidade.”
O executivo listou as três prioridades para o Brasil se tornar uma nação competitiva:
1Reformas: realizar as reformas trabalhista, tributária e previdenciária que são indispensáveis para o Brasil. "A fase de relativa prosperidade no Brasil não é uma boa razão para não reformar o que já não funciona e o que apenas atrapalha", diz Civita.
2Gestão pública: a melhoria da gestão pública precisa ser uma prioridade dos políticos e da sociedade. "Estamos vendo recursos públicos sendo desperdiçados pela inépcia ou pela corrupção", diz Civita.
3Educação: a qualidade da educação precisa deixar de ser uma prioridade apenas nos discursos. "É preciso tirar o Brasil de uma situação de quase indigência nessa área", diz Civita.
"O momento é de ação e a cobrança faz parte de nossas responsabilidades. O Brasil tem pressa, e o mundo e os nossos competidores não vão esperar por nós. Mãos à obra", concluiu Giancarlo Civita.