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Citados em delação de Assad negam irregularidades

O delator disse ter recebido por meio de suas empresas de fachada cerca de R$ 46 milhões de concessionárias de rodovias do Grupo CCR

CCR: a delação de Assad integra a documentação da 48.ª fase da operação (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2018 às 12h28.

Brasília, Curitiba e São Paulo - A edição deste sábado, 24, do jornal O Estado de S. Paulo traz reportagem revelando que o operador Adir Assad afirmou, em depoimento de sua delação premiada à Lava Jato , ter recebido por meio de suas empresas de fachada cerca de R$ 46 milhões de concessionárias de rodovias do Grupo CCR.

A delação de Assad integra a documentação da 48.ª fase da operação, que investiga irregularidades em rodovias e envolve empresas que conquistaram concessões no Estado de São Paulo durante as gestões tucanas de Geraldo Alckmin e José Serra.

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Os repasses teriam sido efetuados entre 2009 e 2012 e parte dos valores, segundo Assad, foi entregue ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza. No caso do Grupo CCR, foram forjados contratos de patrocínio superfaturado entre as concessionárias e a empresa Rock Star, que possuía uma equipe de Stock Car, segundo Assad.

O Grupo CCR informou, por meio de nota, que não teve acesso à delação premiada de Adir Assad e por isso não se manifestará. O advogado José Roberto Santoro, que representa o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, não respondeu aos contatos da reportagem.

Também citado na delação, o petista Luiz Marinho afirmou que "todos os valores recebidos pelas suas campanhas a prefeito constam das prestações de contas. Todas devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral", diz a nota enviada por Marinho.

O senador José Serra (PSDB) afirmou que não tem nenhuma relação com esses fatos. Questionado, o governo de São Paulo defendeu a investigação. "Tudo deve ser investigado. Qualquer prejuízo aos cofres públicos, ressarcido", diz nota enviada à reportagem pelo Palácio dos Bandeirantes.

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