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Wagner corre risco de ser mal entendido por cogitar PT como vice, diz Ciro

Ciro disse seguir conversando com representantes de todos os partidos e afastou a possibilidade de uma aliança ampla de esquerda ocorrer antes de julho

Ciro Gomes: "O fato real e concreto é que temos que aceitar, compreender e respeitar o tempo do PT" (Sergio Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2018 às 17h15.

Última atualização em 2 de maio de 2018 às 17h16.

Ribeirão Preto - O ex-ministro e pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), agradeceu nesta quarta-feira, 2, o ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner por ter cogitado um apoio do PT a ele, com a indicação do nome do vice em uma possível coligação com o pedetista na eleição deste ano. Ciro disse que Wagner foi instigado pela imprensa a admitir essa possibilidade e repetiu que o PT tem o seu momento e que precisa ser respeitado.

"Quero fazer uma manifestação de muita gratidão e carinho ao meu amigo Jaques Wagner, pois quando ele, perguntado pela imprensa, faz essa cogitação, corre risco de ser mal entendido", disse.

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"O fato real e concreto é que temos que aceitar, compreender e respeitar o tempo do PT . Não é simples, não é trivial o momento pelo qual o PT e sua principal liderança (Lula) está passando", completou Ciro em entrevista durante a 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

Ciro disse seguir conversando com representantes de todos os partidos e afastou a possibilidade de uma aliança ampla de esquerda ocorrer antes de julho, quando as candidaturas serão oficializadas.

O pedetista afirmou ser amigo de alguns pré-candidatos a presidente e citou Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Geraldo Alckmin (PSDB), com quem dividiu o voo comercial que os trouxe para a visita a Ribeirão Preto. "Viajei junto com Alckmin, conversamos e perguntamos sobre as nossas respectivas famílias. Já propus ao Alckmin a formação de uma associação dos candidatos a presidente. Por regra, sou amigo de quase todos", brincou.

Indagado se é amigo do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), Ciro emendou: "já fui colega dele e não sei se somos amigos. Mas éramos". O pré-candidato do PDT a presidente disse não conhecer pessoalmente Joaquim Barbosa, cogitado para ser o nome do PSB à disputa, mas avaliou que a razão da notoriedade do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), "tirando outros méritos, é que ele passou mais de um ano em horário nobre nas TVs comerciais combatendo a corrupção no caso do mensalão e combate à corrupção é grande demanda do povo brasileiro".

Sobre o presidente Michel Temer, que visitará a Agrishow amanhã cedo, Ciro afirmou que ele "é o presidente mais impopular da história do Brasil (...), é um golpista que usurpou o poder sem ser pelo voto e é processado por formação de quadrilha e corrupção dentro do Palácio do Planalto". Por isso, de acordo com o ex-ministro, "mesmo com as pessoas aqui (na Agrishow) com delicadeza e hospitalidade, ele sempre encontrará uma expressão de desagrado do povo, merecidamente."

 

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