O presidenciável também afirmou novamente que vai acabar com o orçamento secreto (Mateus Bonomi/Anadolu Agency/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de setembro de 2022 às 07h10.
Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes afirmou nesta terça-feira, 13, que o teto de gastos não serve para o equilíbrio das contas públicas, mas para "proteger o dinheiro dos bancos". Ele voltou a dizer que, se eleito, vai acabar com âncora fiscal implementada no governo Temer.
"Para que fizeram isso (teto de gastos)? A propaganda é a seguinte: 'o governo não pode gastar mais do que arrecada, o governo está gastando demais, os impostos estão altos demais'. O teto de gastos não é para proteger o equilíbrio das contas, é para proteger o dinheiro dos bancos, que são quem dão as cartas na vida política brasileira. Os dois que estão aí na pesquisa já têm compromisso (com os bancos)", disse Ciro em discurso durante evento de campanha na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Salvador (BA).
O presidenciável também afirmou novamente que vai acabar com o orçamento secreto, esquema de cooptação de apoio político no Congresso por parte do Executivo, revelado pelo Estadão. "No primeiro dia do meu governo, acaba a emenda do relator. Se eu não tiver cumplicidade com o povo, eles vão fazer o que fizeram a Dilma. Cassaram a Dilma por pedalada fiscal", prometeu.
Ciro disse que, para dar fim ao mecanismo, não é preciso de acordo com o Congresso Nacional. "Eu não preciso de Congresso para isso. Eu dou uma ordem para o meu ministro: 'Olha, essa emenda aqui não pode empenhar'", garantiu.
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