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Ciro diz que, se eleito, vai propor reformas nos primeiros seis meses

Presidenciável afirmou que vai propor um novo modelo previdenciário para que haja ao menos um "lapso de sustentabilidade" de pelo menos 10 ou 20 anos

Ciro Gomes: "Achamos que o convencional não vai resolver o problema trágico de que o Brasil é um país impotente diante da escalada da violência" (Sergio Moraes/Reuters)

Ciro Gomes: "Achamos que o convencional não vai resolver o problema trágico de que o Brasil é um país impotente diante da escalada da violência" (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2018 às 15h55.

Brasília - Em evento com vereadores na manhã desta quinta-feira, 26, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse que, se eleito, vai propor reformas estruturais nos primeiros seis meses de gestão. "O tempo da reforma são os seis primeiros meses e vou fazer isso", declarou na 16ª Marcha dos Vereadores.

Ciro pregou que as reformas tributária e previdenciária sejam feitas simultaneamente. O pré-candidato reconheceu que o sistema previdenciário quebrou e disse que, ao invés de resolver o problema na década de 90, "fomos criando puxadinhos".

O presidenciável afirmou que vai propor um novo modelo previdenciário para que haja ao menos um "lapso de sustentabilidade" de pelo menos 10 ou 20 anos. Se as reformas não andarem, vai propor plebiscito popular ou referendo.

Em entrevista, Ciro disse que, ao chegar no Executivo com a força das urnas, vai apresentar imediatamente os projetos de interesse do governo para serem votados no primeiro semestre. Ainda que tenha a minoria dos parlamentares no Congresso Nacional, Ciro disse que isso não o assusta porque todos os presidentes eleitos no País chegaram no Parlamento sem a maioria, mas que ainda assim "chegaram com poderes imperiais". Neste clima, o pré-candidato disse que poderá propor "reformas profundas", fazer negociações "no atacado" e que vai se dedicar a consertar as contas públicas.

Aos vereadores, Ciro disse que não é verdade que o Congresso Nacional seja um "pardieiro de pilantras". Ao ser questionado sobre como seria sua relação com os parlamentares, o pré-candidato disse que, em sua época de deputado federal, um terço dos colegas eram "batedores de carteira", "estupradores, assaltantes e gente da pior categoria", o outro terço de "gente muito séria" e o terço restante de parlamentares que faziam o jogo do Executivo. "Quem é corrupto é o Executivo, é lá que está o dinheiro, as diretorias da Petrobras", concluiu.

Segurança Pública

Se eleito, Ciro disse que vai manter o Ministério da Segurança Pública, mas que ainda não tem certeza se será necessário um Ministério da Justiça por considerar que as atribuições rivalizam com a questão da segurança pública.

O presidenciável disse que pretende ampliar o efetivo da Polícia Federal e que vai investir em inteligência. Em seu governo, Ciro afirmou que o foco da investigação sobre narcotráfico, lavagem de dinheiro, facção criminosa e crimes contra a administração pública será federal.

O pré-candidato disse que vai "meter a mão" em todos os "vespeiros". "Vamos meter a mão na história da Segurança Pública. Achamos que o convencional não vai resolver o problema trágico de que o Brasil é um país impotente diante da escalada da violência", comentou.

Ciro anunciou que pretende apresentar o esboço de seu plano de governo no próximo mês e que em junho terá uma proposta completa para apresentar ao eleitorado. No documento, Ciro disse que trará suas diretrizes macroeconômicas, propostas para educação e revisão do gerenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), com um modelo que resolva o problema do subfinanciamento do serviço público de saúde no País.

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