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Cidades inteligentes demandam dinheiro e planejamento

Durante o EXAME Fórum Sustentabilidade, especialistas debatem uso da tecnologia para otimizar gestão urbana

EXAME.com (EXAME.com)

Mariana Desidério

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 13h52.

São Paulo - A tecnologia pode ajudar as cidades do mundo a serem mais eficientes, seguras e sustentáveis . No entanto, para conseguir de fato fazer uso desses recursos, é necessário vontade política e planejamento.

É o que afirmou Emílio Díaz, presidente de Américas da Indra, durante o EXAME Fórum Sustentabilidade nesta quarta-feira.

“A tecnologia está disponível, mas é preciso planejamento e liderança dos políticos para implementá-la. Não é algo rápido, fácil, nem barato”, afirmou.

O debate também contou com a participação de Antonio Carlos Dias, diretor da divisão de SmarterCities da IBM Brasil, Rodrigo Dienstmann, presidente da Cisco e responsável pela tecnologia do Projeto Rio 2016, e Gilberto Peralta, presidente da GE Brasil.

De acordo com os debatedores, a tecnologia pode ajudar as cidades em áreas muito diversas. No entanto, segundo Dienstmann, o foco deve estar sempre na eficiência e não na tecnologia em si.

“Cidade inteligente pode ser uma cidade que coleta e separa o lixo. O importante é a potencialização da cidade através da tecnologia, não é algo que surge a partir da tecnologia”, afirmou Dienstmann.

Uma das possibilidades que a tecnologia abre para as cidades está na gestão da água, afirma Peralta, da GE. Um tema recorrente em uma época em que São Paulo e outras cidades vivem uma grave crise hídrica.

Peralta cita o caso de Campinas, que está começando a tratar água de reuso. “A tecnologia para tratamento da água existe, mas é cara. A cidade inteligente também é aquela que sabe usar de maneira correta os recursos que são finitos”, afirma.

Outra área em que a tecnologia já está em uso em algumas cidades é o trânsito. “Na França, por exemplo, a cidade de Bordeaux tem um sistema de semáforos inteligentes que reconhecem quando os ônibus se aproximam do cruzamento e dão preferência para eles”, afirma Peralta.

A iluminação pública e a segurança também podem se beneficiar dos avanços tecnológicos. Emilio Díaz lembra que, das 50 cidades mais perigosas, 41 estão na América Latina.

“É possível ter centro de comando e controle integrados em que se centralize as informações de câmeras de segurança e com uso de reconhecimento facial. Buenos Aires, por exemplo, tem uma boa experiência nesse tema”, afirma Díaz.

Watson

Se as tecnologias que já existem podem ajudar a gestão urbana, o que está por vir promete ainda mais.

Antonio Carlos Dias, da IBM Brasil, cita um produto em desenvolvimento pela empresa que atuará como um assistente virtual.

O programa, batizado de Watson, poderá ajudar gestores públicos a consultar a legislação, por exemplo. Médicos também poderão ter o auxílio do Watson para ter acesso às últimas pesquisas sobre uma doença, antes de tomar uma decisão, conta Dias.

“Uma pesquisa que uma pessoa demoraria dias para fazer pode ser realizada em minutos pelo computador. Estamos na iminência de um salto tecnológico que é a interação direta da máquina com o ser humano”, resume Dias.

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São Paulo - A tecnologia pode ajudar as cidades do mundo a serem mais eficientes, seguras e sustentáveis . No entanto, para conseguir de fato fazer uso desses recursos, é necessário vontade política e planejamento.

É o que afirmou Emílio Díaz, presidente de Américas da Indra, durante o EXAME Fórum Sustentabilidade nesta quarta-feira.

“A tecnologia está disponível, mas é preciso planejamento e liderança dos políticos para implementá-la. Não é algo rápido, fácil, nem barato”, afirmou.

O debate também contou com a participação de Antonio Carlos Dias, diretor da divisão de SmarterCities da IBM Brasil, Rodrigo Dienstmann, presidente da Cisco e responsável pela tecnologia do Projeto Rio 2016, e Gilberto Peralta, presidente da GE Brasil.

De acordo com os debatedores, a tecnologia pode ajudar as cidades em áreas muito diversas. No entanto, segundo Dienstmann, o foco deve estar sempre na eficiência e não na tecnologia em si.

“Cidade inteligente pode ser uma cidade que coleta e separa o lixo. O importante é a potencialização da cidade através da tecnologia, não é algo que surge a partir da tecnologia”, afirmou Dienstmann.

Uma das possibilidades que a tecnologia abre para as cidades está na gestão da água, afirma Peralta, da GE. Um tema recorrente em uma época em que São Paulo e outras cidades vivem uma grave crise hídrica.

Peralta cita o caso de Campinas, que está começando a tratar água de reuso. “A tecnologia para tratamento da água existe, mas é cara. A cidade inteligente também é aquela que sabe usar de maneira correta os recursos que são finitos”, afirma.

Outra área em que a tecnologia já está em uso em algumas cidades é o trânsito. “Na França, por exemplo, a cidade de Bordeaux tem um sistema de semáforos inteligentes que reconhecem quando os ônibus se aproximam do cruzamento e dão preferência para eles”, afirma Peralta.

A iluminação pública e a segurança também podem se beneficiar dos avanços tecnológicos. Emilio Díaz lembra que, das 50 cidades mais perigosas, 41 estão na América Latina.

“É possível ter centro de comando e controle integrados em que se centralize as informações de câmeras de segurança e com uso de reconhecimento facial. Buenos Aires, por exemplo, tem uma boa experiência nesse tema”, afirma Díaz.

Watson

Se as tecnologias que já existem podem ajudar a gestão urbana, o que está por vir promete ainda mais.

Antonio Carlos Dias, da IBM Brasil, cita um produto em desenvolvimento pela empresa que atuará como um assistente virtual.

O programa, batizado de Watson, poderá ajudar gestores públicos a consultar a legislação, por exemplo. Médicos também poderão ter o auxílio do Watson para ter acesso às últimas pesquisas sobre uma doença, antes de tomar uma decisão, conta Dias.

“Uma pesquisa que uma pessoa demoraria dias para fazer pode ser realizada em minutos pelo computador. Estamos na iminência de um salto tecnológico que é a interação direta da máquina com o ser humano”, resume Dias.

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