Brasil

Cid Gomes deve pedir impeachment de Temer, diz jornal

Ex-ministro da Educação deve citar delação do senador Delcídio do Amaral em requerimento que será apresentado hoje à Câmara


	Cid Gomes: Ex-ministro da Educação deve citar delação do senador Delcídio do Amaral em requerimento que será apresentado hoje à Câmara
 (Elza Fiúza/Agência Brasi)

Cid Gomes: Ex-ministro da Educação deve citar delação do senador Delcídio do Amaral em requerimento que será apresentado hoje à Câmara (Elza Fiúza/Agência Brasi)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 5 de abril de 2016 às 12h15.

São Paulo - O ex-ministro da Educação Cid Gomes (PDT) deve entrar com pedido de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer ainda hoje na Câmara dos Deputados. As informações são da coluna da Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo

Segundo o jornal, o ex-ministro citará seis supostos crimes praticados por Temer tanto como pessoa física como jurídica.

A citação ao vice-presidente na delação do senador Delcídio do Amaral também constará no requerimento, bem como a acusação de que o envolvimento de membros do PMDB em escândalos de corrupção implica a acusação do vice - uma vez que ele preside o partido. 

Esse não será o primeiro requerimento contra o peemedebista. Segundo o jornal, Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, deve avaliar na próxima semana outro pedido de abertura de impeachment do mandato de Temer.

Em dezembro do ano passado, o advogado Mariel Márley Marra protocolou o pedido na Câmara dos Deputados, sob a justificativa de que Temer cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos que autorizam a abertura de crédito suplementar sem a autorização do Congresso. O pedido, no entanto, foi arquivado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A prática é um dos argumentos do requerimento contra Dilma Rousseff, que tramita na Comissão Especial de Impeachment na Câmara. 

Marra recorreu ao STF alegando que Cunha não poderia ter julgado sozinho a abertura do processo e que deveria abrir uma comissão para decidir sobre a abertura do processo contra Temer. 

Nos vemos no tribunal

Gomes está sendo processado por Temer por chamá-lo de "chefe da quadrilha de achacadores que assola o Brasil" em outubro do ano passado durante convenção do PDT. 

"Muito menos o Brasil pode avançar se entregar a Presidência da República ao símbolo do que há de mais fisiológico e podre na política brasileira, que é o PMDB liderado por Michel Temer, chefe dessa quadrilha que achaca e assola o nosso País" , afirmou o ex-ministro na ocasião.

No ano passado, Gomes também foi condenado a pagar 50 mil reais por danos morais ao presidente da Câmara dos Deputados, o também peemedebista Eduardo Cunha. 

Ele foi convocado pela comissão geral da Casa para esclarecer a crítica feita a estudantes na Universidade Federal do Pará (UFPA). Na ocasião, ele disse que "há uns 300 ou 400 deputados que quanto pior, melhor para eles. Eles querem que o governo esteja frágil de forma a eles achacarem mais, tomarem mais". O áudio da declaração vazou na internet.

Aos deputados, ele disse que nutria um "profundo respeito pelo Parlamento", mas que muitos parlamentares tinham uma opostura oportunista. "Partidos de oposição têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo, vão para a oposição", disse.

"Prefiro ser acusado de ser mal-educado, do que, como ele, ser acusado de achaque", afirmou apontando para Cunha. Minutos depois, pediu demissão do Ministério da Educação. 

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp