"Chega a ser infantil a acusação", diz advogado de Odebrecht
Relato se refere a bilhete encontrado pela Polícia Federal em que Marcelo Odebrecht escrevia aos advogados "destruir e-mail sondas RR"
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2015 às 18h59.
Curitiba e São Paulo - O advogado criminal Augusto de Arruda Botelho, que integra o núcleo de defesa da Odebrecht , afirmou nesta quarta-feira, 24, que o bilhete manuscrito do presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht - no qual ele pede 'destruir e-mail sondas' - contém "uma série de pontos a serem esclarecidos na sua estratégia, nas suas teses para a impetração de um habeas corpus".
Marcelo Odebrecht foi preso sexta-feira, 19, na Erga Omnes, nova etapa da Operação Lava Jato , por suspeita de cartel e corrupção na Petrobras. A defesa vai ingressar com habeas corpus em favor do empreiteiro.
Na manhã de segunda-feira, 22, um policial federal de plantão na Custódia da PF de Curitiba (PR), base da Lava Jato, encontrou com o empreiteiro manuscrito endereçado aos advogados de defesa. O bilhete foi copiado pela PF. O original ficou com os advogados.
Na noite de terça-feira, 23, a própria defesa de Marcelo Odebrecht entregou petição à Justiça Federal com seus argumentos sobre o bilhete.
Nesta quarta-feira, 24, o delegado Eduardo Mauat, da força-tarefa da Lava Jato, entregou sua comunicação sobre o bilhete ao juiz Sérgio Moro - que conduz as ações penais contra empresários supostamente envolvidos com esquema de propinas na estatal petrolífera.
"Primeiro é importante deixar claro que foi a defesa de Marcelo Odebrecht quem, na data de ontem (terça, 23), comunicou ao juiz Sérgio Moro os fatos que se passaram na carceragem da Polícia Federal de Curitiba", declarou nesta tarde o advogado Augusto de Arruda Botelho.
Segundo o criminalista, "durante uma conversa de Marcelo Odebrecht com seus advogados, Marcelo Odebrecht entregou um bilhete nas mãos de um agente da Polícia Federal e esse agente da Polícia Federal repassou o bilhete a seus advogados".
"Nesse bilhete havia uma série de pontos a serem esclarecidos na sua estratégia, nas suas teses, para impetração de um habeas corpus", acentuou Botelho.
"Dentre esses pontos a serem utilizados no habeas corpus havia menção à destruição de um e-mail. Destruição nada mais é do que esclarecer o conteúdo do e-mail e aniquilar a interpretação equivocada que a Polícia Federal deu a esse e-mail."
"Esse e-mail serviu como base para o pedido de prisão de Marcelo, então é natural que esse e-mail precisaria ser contestado através de recursos judiciais. Então, destruir e-mail, me parece bastante claro, nada mais é do que contestar a equivocada interpretação que a Polícia Federal deu a esse e-mail."
Para Augusto Botelho, "chega a ser infantil a acusação da Polícia Federal de que esse bilhete, esse termo, constitui a prática de um crime".
"Muito pelo contrário, é comunicação entre Marcelo e seus advogados, elencando mais uma vez pontos a serem utilizados em seu habeas corpus", assinala o criminalista.
"Não faz sentido algum alguém mandar destruir um e-mail que é público. Esse e-mail faz parte da representação que a Polícia Federal fez para pedir a prisão de Marcelo Odebrecht. Não faz sentido algum pedir a destruição de algo que é absolutamente público."
Curitiba e São Paulo - O advogado criminal Augusto de Arruda Botelho, que integra o núcleo de defesa da Odebrecht , afirmou nesta quarta-feira, 24, que o bilhete manuscrito do presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht - no qual ele pede 'destruir e-mail sondas' - contém "uma série de pontos a serem esclarecidos na sua estratégia, nas suas teses para a impetração de um habeas corpus".
Marcelo Odebrecht foi preso sexta-feira, 19, na Erga Omnes, nova etapa da Operação Lava Jato , por suspeita de cartel e corrupção na Petrobras. A defesa vai ingressar com habeas corpus em favor do empreiteiro.
Na manhã de segunda-feira, 22, um policial federal de plantão na Custódia da PF de Curitiba (PR), base da Lava Jato, encontrou com o empreiteiro manuscrito endereçado aos advogados de defesa. O bilhete foi copiado pela PF. O original ficou com os advogados.
Na noite de terça-feira, 23, a própria defesa de Marcelo Odebrecht entregou petição à Justiça Federal com seus argumentos sobre o bilhete.
Nesta quarta-feira, 24, o delegado Eduardo Mauat, da força-tarefa da Lava Jato, entregou sua comunicação sobre o bilhete ao juiz Sérgio Moro - que conduz as ações penais contra empresários supostamente envolvidos com esquema de propinas na estatal petrolífera.
"Primeiro é importante deixar claro que foi a defesa de Marcelo Odebrecht quem, na data de ontem (terça, 23), comunicou ao juiz Sérgio Moro os fatos que se passaram na carceragem da Polícia Federal de Curitiba", declarou nesta tarde o advogado Augusto de Arruda Botelho.
Segundo o criminalista, "durante uma conversa de Marcelo Odebrecht com seus advogados, Marcelo Odebrecht entregou um bilhete nas mãos de um agente da Polícia Federal e esse agente da Polícia Federal repassou o bilhete a seus advogados".
"Nesse bilhete havia uma série de pontos a serem esclarecidos na sua estratégia, nas suas teses, para impetração de um habeas corpus", acentuou Botelho.
"Dentre esses pontos a serem utilizados no habeas corpus havia menção à destruição de um e-mail. Destruição nada mais é do que esclarecer o conteúdo do e-mail e aniquilar a interpretação equivocada que a Polícia Federal deu a esse e-mail."
"Esse e-mail serviu como base para o pedido de prisão de Marcelo, então é natural que esse e-mail precisaria ser contestado através de recursos judiciais. Então, destruir e-mail, me parece bastante claro, nada mais é do que contestar a equivocada interpretação que a Polícia Federal deu a esse e-mail."
Para Augusto Botelho, "chega a ser infantil a acusação da Polícia Federal de que esse bilhete, esse termo, constitui a prática de um crime".
"Muito pelo contrário, é comunicação entre Marcelo e seus advogados, elencando mais uma vez pontos a serem utilizados em seu habeas corpus", assinala o criminalista.
"Não faz sentido algum alguém mandar destruir um e-mail que é público. Esse e-mail faz parte da representação que a Polícia Federal fez para pedir a prisão de Marcelo Odebrecht. Não faz sentido algum pedir a destruição de algo que é absolutamente público."