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Chefe da Corregedoria fez carreira na divisão de homicídios

A exemplo de seu antecessor, o delegado Domingos Paulo Neto destacou-se no DHPP e pela atividade em torno da política de classe dos delegados.


	Carro da Polícia Civil: em 2013, a Corregedoria Geral da Administração (CGA) investigou contratos de compra de equipamentos de informática e de carros
 (Eudoxio/Wikimedia Commons)

Carro da Polícia Civil: em 2013, a Corregedoria Geral da Administração (CGA) investigou contratos de compra de equipamentos de informática e de carros (Eudoxio/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 13h12.

São Paulo – A exemplo de seu antecessor, o novo diretor da Corregedoria da Polícia Civil, o delegado Domingos Paulo Neto, também tem a carreira marcada pelo trabalho no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela atividade em torno da política de classe dos delegados.

Ambos trabalharam no começo dos anos 1990 no DHPP. E deixaram o departamento quando resolveram compor uma chapa de oposição ao então delegado-geral, Álvaro Luz Franco Pinto, para disputar a eleição para a Associação dos Delegados de Polícia.

Foram derrotados. Domingos foi mandado para um plantão policial no Parque Santo Antônio, na zona sul, de onde saiu quando Mário Covas assumiu o governo do Estado, em 1995.

Desde então, foi seccional de Santo Amaro, diretor do DHPP e do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, quando novamente caiu em desgraça, na gestão de Ronaldo Marzagão (2007-2009) à frente da Secretaria da Segurança. Ficou no ostracismo até a posse de Antonio Ferreira Pinto na secretaria, que o fez delegado-geral.

Com o início da gestão de Geraldo Alckmin, em 2011, deixou o cargo — estava rompido com Ferreira Pinto. Voltou à política de classe e formou nova chapa de oposição ao governo para a associação. Acabou novamente derrotado.

Quando Ferreira Pinto caiu, foi nomeado diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), onde ficou até agora. Ali, ele comandava 93 distritos policiais responsáveis pela investigação de crimes na cidade de São Paulo.

Em 2013, a Corregedoria Geral da Administração (CGA) investigou contratos de compra de equipamentos de informática e de carros pela Polícia Civil durante sua gestão. Na segunda-feira, 21, a Secretaria da Segurança Pública informou que foi aberto processo disciplinar contra oito delegados. "Não houve qualquer participação do doutor Domingos", diz a nota.

Avesso a entrevistas, Domingos foi um dos responsáveis pela investigação da morte do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) e concluiu que ele foi vítima de um crime comum. Na época — em 2002 — ele era o diretor do DHPP e foi um dos responsáveis por elaborar o plano de combate a homicídios do governo.

Foi no DHPP que o homem escolhido para substituí-lo no Decap - o delegado Ismael Rodrigues - trabalhou pela primeira vez com Domingos. Atualmente, Ismael era de novo seu subordinado - chefiava a Delegacia Seccional da zona norte da capital.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Colaborou Alexandre Hisayasu)

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