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CGU quer ouvir delatores da Lava Jato

É a primeira vez que o órgão do Executivo, responsável por combater a corrupção no âmbito administrativo, pede para ouvir os delatores da Lava Jato


	Doleiro Alberto Youssef: é a primeira vez que o órgão do Executivo, responsável por combater a corrupção no âmbito administrativo, pede para ouvir os delatores da Lava Jato
 (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Doleiro Alberto Youssef: é a primeira vez que o órgão do Executivo, responsável por combater a corrupção no âmbito administrativo, pede para ouvir os delatores da Lava Jato (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 12h46.

São Paulo - Controladoria-Geral da União (CGU) pediu à Justiça Federal no Paraná para ouvir quatro delatores da Lava Jato nas investigações conduzidas pelo órgão contra 29 empreiteiras que estão na mira da Lava Jato por suspeita de pagamento de propinas em obras da Petrobras.

A CGU quer ouvir o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco e o executivo que atuava para a Toyo Setal Julio Camargo.

Todos são réus e decidiram colaborar na Lava Jato e graças aos seus depoimentos as investigações sobre o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras para abastecer partidos e políticos avançou e permitiu a abertura de inquéritos contra 50 políticos com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, responsável pelo julgamento de governadores.

É a primeira vez que o órgão do Executivo, responsável por combater a corrupção no âmbito administrativo, pede para ouvir os delatores da Lava Jato.

A solicitação da CGU ocorreu no âmbito dos 29 Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) contra empreiteiras investigadas pela Lava Jato.

Com a medida, o órgão espera colher mais elementos para avançar nos processos que, caso as empresas sejam responsabilizadas, podem acarretar em penas como o impedimento das empresas em celebrar novos contratos, a aplicação de multas, ou até penas mais duras.

Estão na mira da CGU empresas como a Odebrecht, a Andrade Gutierrez e a OAS, que estão entre as maiores empreiteiras do País, além das construtoras Engevix, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e UTC, cujos executivos são réus em ações da Lava Jato.

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