Brasil

CGU não tem data para concluir apuração sobre Petrobras

O andamento dos trabalhados dos investigadores brasileiros depende da cooperação de organismos internacionais, justificou o secretário-executivo do órgão


	CGU: controladoria apura uma série de casos envolvendo a Petrobras
 (Divulgação)

CGU: controladoria apura uma série de casos envolvendo a Petrobras (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 18h29.

Rio de Janeiro - A Controladoria Geral da União (CGU) ainda não tem previsão para concluir as investigações que envolvem supostos subornos e fraudes em negócios da Petrobras.

O andamento dos trabalhados dos investigadores brasileiros depende da cooperação de organismos internacionais, justificou o secretário-executivo do órgão Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

A controladoria apura uma série de casos envolvendo a Petrobras. As investigações em andamento sobre a estatal envolvem tanto denúncias de práticas suspeitas em contratos com a empresa holandesa de leasing de plataformas de petróleo SBM Offshore, quanto na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Alencar ressaltou, no entanto, que a apuração da CGU no caso de Pasadena não entra no questionamento se a compra da refinaria foi bom negócio ou não para a petroleira brasileira.

"Deixando bem claro que a gente não está questionando ser um bom negócio ou não. Como órgão de auditoria, o que a gente trabalha com a questão da Petrobras é verificar se houve algum suborno, se houve alguma situação nisso. Isso eu posso te garantir que estamos bem empenhados com a articulação, não só das diversas esferas de governo aqui, mas também fora (do país)", disse o secretário-executivo.

Em relação à suspeita de pagamento de suborno pela SBM Offshore a funcionários da estatal, Alencar afirmou que a empresa holandesa pode ser punida com seu nome na lista negra das licitações, caso fique comprovado que a companhia praticou algum ato ilícito para conseguir vantagem em contratos com a Petrobras.

A inclusão de uma empresa na lista negra impede a contratação de seus produtos e serviços governo.

"Se for verificado que ela, tendo um contrato no Brasil, sede no Brasil, praticou ilícitos que violariam a Lei 8.666, a Lei de Licitações de Contratos, caso a gente analisasse e entendesse dessa forma, existe essa possibilidade", confirmou Alencar.

O secretário-executivo da CGU contou que a inclusão de uma empresa na lista negra das licitações é uma penalidade ainda mais dura do que aplicar uma multa, que pode ser discutida na justiça por uma ou duas décadas, sem previsão de pagamento.

"Essa proibição de contratação é muito ruim para a empresa e muito dura. Se ela se aplica e é feita por um órgão que faça um processo com credibilidade, pode ser até mais danoso", alertou.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCGUCombustíveisCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesIndústria do petróleoIrregularidadesPetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

Quero ser responsável pela vitória dele, diz Lula no lançamento da candidatura de Boulos em SP

Com esquerda em peso e até bolsonarista, PSD oficializa candidatura de Paes sem definir vice

Vamos colocar a periferia em primeiro lugar, diz Boulos ao oficializar candidatura ao lado de Lula

Fuad e Kassab apostam em discurso moderado e feitos da gestão para reeleição em prefeitura BH

Mais na Exame